Guerra e pandemia transformam Moçambique em auto-estrada para o tráfico de droga

A heroína do Afeganistão e Paquistão aproveita cada vez mais o conflito em Cabo Delgado para usar a província como ponto de passagem. Insurgentes também estão a usar a via marítima para os seus ataques.

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O arquipélago das Quirimbas é um dos locais privelgiados pelo tráfico para desembarcar a droga que chega do Paquistão e do Afeganistão ANTÓNIO SILVA/LUSA

Em Junho, um camião com dois homens passou a fronteira de Ressano Garcia e entrou na África do Sul. Pouco quilómetros mais à frente, a polícia sul-africana mandou parar o veículo e descobriu que os dois homens transportavam mais de 200 quilos de heroína. Uma pequena apreensão demonstrativa de como funciona o tráfico de droga internacional que usa cada vez mais Moçambique como ponto de passagem para fazer chegar a heroína produzida nos campos do Afeganistão e Paquistão aos mercados dos países Ocidentais. A droga é desembarcada na costa de Cabo Delgado, segue depois para o porto de Nacala e daí é enviada em camiões, misturada com outras mercadorias, até aos portos sul-africanos.

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Em Junho, um camião com dois homens passou a fronteira de Ressano Garcia e entrou na África do Sul. Pouco quilómetros mais à frente, a polícia sul-africana mandou parar o veículo e descobriu que os dois homens transportavam mais de 200 quilos de heroína. Uma pequena apreensão demonstrativa de como funciona o tráfico de droga internacional que usa cada vez mais Moçambique como ponto de passagem para fazer chegar a heroína produzida nos campos do Afeganistão e Paquistão aos mercados dos países Ocidentais. A droga é desembarcada na costa de Cabo Delgado, segue depois para o porto de Nacala e daí é enviada em camiões, misturada com outras mercadorias, até aos portos sul-africanos.