Segunda-feira é dia de tomar de assalto a esplanada do Chapitô à Mesa
Há uma nova geração a fazer comida (e bebidas) em Lisboa. E neste Verão encontramo-los todos juntos uma vez por semana a convite de Pedro Bandeira Abril.
Descobrir uma boa esplanada para estar numa noite de calor mantendo o distanciamento social tem sido uma das principais missões de muitos portugueses este Verão. E uma das esplanadas mais interessantes de Lisboa é um segredo (já não tão) bem guardado: o Chapitô à Mesa, agora sob a direcção de Pedro Bandeira Abril (vindo da Taberna do Sal Grosso e do Salmoura), em substituição de Bertílio Gomes, que quis dedicar-se inteiramente à sua Taberna Albricoque.
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Descobrir uma boa esplanada para estar numa noite de calor mantendo o distanciamento social tem sido uma das principais missões de muitos portugueses este Verão. E uma das esplanadas mais interessantes de Lisboa é um segredo (já não tão) bem guardado: o Chapitô à Mesa, agora sob a direcção de Pedro Bandeira Abril (vindo da Taberna do Sal Grosso e do Salmoura), em substituição de Bertílio Gomes, que quis dedicar-se inteiramente à sua Taberna Albricoque.
E as noites mais excitantes do Chapitô à Mesa são as das segundas-feiras, tudo por causa do Friendly Fire – Monday’s Takeovers. A ideia é muito simples, começou quase como uma brincadeira, mas o sucesso ultrapassou largamente as expectativas. Desde a última segunda-feira de Junho, e até final de Julho, com regresso prometido para Setembro (interrupção durante o mês de Agosto), Pedro Bandeira Abril convida amigos para virem cozinhar com ele.
Cada um cozinha o que quer, os clientes vão pedindo, provando, descobrindo novos talentos (uns são mais conhecidos, outros menos) num ambiente tão descontraído e bem-disposto que o difícil mesmo é ir embora no final da noite. “Há cerca de um ano e meio que tenho com alguns amigos cozinheiros um grupo de WhatsApp que é uma plataforma para falarmos de problemas, soluções, propostas de emprego, etc.”, explica Pedro Bandeira Abril. “Com a pandemia, esse grupo tornou-se mais activo do que nunca e quando começou o desconfinamento começámos a falar de fazermos uma churrascada todos.”
A “churrascada” acabou por não ser apenas para o grupo de amigos e transformou-se nestes Friendly Fire em que “80% das pessoas que vêm cozinhar são amigos próximos”, diz. O grupo inicial alargou-se um pouco, incluindo amigos de amigos, e em Setembro vai alargar-se ainda mais. Um dos objectivos é que venha a ter “o dobro das mulheres”, porque no mundo da cozinha ainda são elas quem tem menor destaque.
Ir ao Chapitô numa destas segundas-feiras é uma oportunidade para descobrir uma nova geração que está a surgir na cidade, “malta com muito brio naquilo que faz, mas que não se leva demasiado a sério”, resume Pedro Bandeira Abril. Aqui todos cozinham com fogo e cada um apresenta dois ou três pratos (preços entre os 5 e os 7 €).
O projecto arrancou a 29 de Junho com Pedro Monteiro (Fábrica da Musa), Bernardo Agrela (East Mambo/HUB Beato), Carlos Pinheiro e Diogo Menezes (Petisco Saloio) e Jennifer Duke (Rebel Rebel). A 6 de Julho o “takeover” esteve nas mãos de Tiago Cruz, Sónia e Shay Ola (Queimado), João Duarte e João Resende (Café Klandestino). A 13 avançaram José Paulo Rocha (O Velho Eurico) e Leonor Godinho (Musa da Bica), João Magalhães (Água Pela Barba) e Patrícia Pombo (ONA).
Esta segunda-feira, dia 20, é a vez de Francisco Magalhães (HUB Beato), Miguel Peres (Pigmeu), Marcella Ghirelli (Comida Independente) e Jorge de Menezes (A Tabacaria). Por fim, e para terminar esta primeira temporada, no dia 27 chegam Fábio Santos e Natalie (Isco), Stephanie Audet (Senhor Uva), Carlos Afonso (O Frade) e Cheila Tavares e Semi M’Zoughi (Machimbombo).
Está praticamente tudo esgotado, mas, com sorte, pode haver desistências e conseguir-se lugar. Para isso, o melhor é consultar o Instagram do Chapitô à Mesa e reservar.