Benfica confirma Vieira e Soares de Oliveira arguidos por fraude fiscal
Comunicado enviado à CMVM dá conta de uma “contingência fiscal” de 600 mil euros.
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o administrador Domingos Soares de Oliveira foram constituídos arguidos “pela alegada prática de um crime de fraude fiscal qualificada”, comunicou na noite desta terça-feira a SAD “encarnada” à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Já esta terça-feira, ao PÚBLICO, fonte oficial do Benfica garantiu que Vieira tinha sido ouvido no âmbito do processo.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o administrador Domingos Soares de Oliveira foram constituídos arguidos “pela alegada prática de um crime de fraude fiscal qualificada”, comunicou na noite desta terça-feira a SAD “encarnada” à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Já esta terça-feira, ao PÚBLICO, fonte oficial do Benfica garantiu que Vieira tinha sido ouvido no âmbito do processo.
Segundo a nota enviada à CMVM, Vieira e Soares de Oliveira foram constituídos arguidos enquanto representantes legais da Benfica SAD e da Benfica Estádio, num processo integrado na operação “saco azul”, em que as sociedades obtiveram, “nos anos 2016 e 2017, uma vantagem patrimonial indevida”.
A esta acção “está associada uma possível contingência fiscal calculada pela Autoridade Tributária no valor total aproximado” de 600 mil euros, acrescentam a SAD do Benfica.
A investigação da Operação Saco Azul foi conhecida em 2018, com o Estádio da Luz a ser alvo de buscas por três vezes. No dia 6 de Junho de 2018, o PÚBLICO noticiou que o Ministério Público investigava as suspeitas de crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal, cumprindo oito mandados de busca (três domiciliárias e cinco não domiciliárias). Duas das entidades visadas por estas buscas foram a Sport Lisboa e Benfica SAD e a Benfica Estádio Construção Gestão Estádios, SA.
As autoridades suspeitavam que tivessem sido retirados dos cofres dos “encarnados” mais de 1,8 milhões de euros, que acabariam depois por ser levantados em numerário. Este dinheiro sairia do clube através de prestações de serviço fictícias com várias empresas, uma das quais da área da informática.