O ISEC desenvolveu mais uma forma de abrir portas sem usar as mãos

É mais uma solução tecnológica criada para manter as mãos limpas e reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus através de superfícies. O dispositivo desenvolvido pelo ISEC “para se adaptar a qualquer tipo de puxador” quer chegar aos hospitais e centros de saúde, numa primeira fase.

Foto
rui gaudencio

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) está a desenvolver um dispositivo para permitir a abertura de portas sem usar as mãos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) está a desenvolver um dispositivo para permitir a abertura de portas sem usar as mãos.

“O ISEC está a desenvolver um projecto I&DT [Investigação e Desenvolvimento Tecnológico] que irá permitir a produção de um dispositivo inovador de apoio à abertura de portas que diminuirá os contágios associados ao novo coronavírus”, afirma, numa nota enviada à agência Lusa, o estabelecimento de ensino, que integra o Instituto Politécnico de Coimbra.

Concebido “prioritariamente para hospitais e centros de saúde”, o novo mecanismo permitirá “a abertura de portas sem usar as mãos”, mas também se destina a outros locais de grande afluência de pessoas, como, por exemplo, zonas comerciais, escolas, centros de dia ou lares de idosos.

O equipamento denominado Covid — Doors Openers irá ser “produzido em larga escala para os mercados nacional e internacional”, pela empresa Shapetek — Tecnologias de Maquinação, de Pombal. O mecanismo permite “accionar puxadores das portas com partes do corpo menos susceptíveis de entrar em contacto com a cara”.

O produto “versátil”, desenvolvido por um consórcio integrado pelo ISEC, foi “concebido para se adaptar a qualquer tipo de puxador”, para ser de “fácil instalação e baixa manutenção” e para ter “um custo acessível”, sublinha o Instituto, sustentando que se trata de um meio que “será muito útil para o combate à covid-19”.

Do consórcio, que é liderado pela Shapetek, também fazem parte, para além do ISEC, a Escola Superior de Educação de Coimbra, o Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos, da Marinha Grande e a empresa Sandredy, da Figueira da Foz. “Numa fase em que o combate à covid-19 obriga a comportamentos seguros, este dispositivo será uma resposta forte a esta pandemia”, sustenta Mário Velindro, presidente do ISEC.

A ideia em torno do sistema envolve um conjunto de elementos mecânicos de fácil montagem, associados a uma utilização intuitiva, promovendo a interacção do utilizador com o dispositivo, de modo a evitar o contacto directo das mãos na abertura das portas, explica o coordenador do projecto, Luís Roseiro.

“Este dispositivo respeitará todas as normas de segurança, privilegiando o design e a robustez mecânica, garantindo um enquadramento harmonioso com o meio em que for inserido”, assegura Luís Roseiro, destacando que “a geometria do mecanismo permitirá também uma utilização segura por parte de cidadãos com limitações de mobilidade”.