Palcos da semana

Enquanto o Maria Matos reabre com “uma Rua Sésamo em esteróides”, Serralves ilumina-se à noite. A arte pública vai aos Açores, Ponte de Lima oferece espectáculos e Olhão entra num novo FICLO.

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Teatro
Regresso ao Maria Matos com marretas (para adultos)

A verdade faz-nos mais fortes

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Teatro
Regresso ao Maria Matos com marretas (para adultos)

O Maria Matos reabre com nova gestão, novas linhas de programação e uma nova temporada da peça que põe marretas a falar e cantar para adultos: Avenida Q. É Henrique Dias quem adapta à realidade portuguesa o premiado musical da Broadway, descrito pela produção como “uma Rua Sésamo em esteróides”. Rui Maria Pêgo, Ana Cloe, Diogo Valsassina, Inês Aires Pereira, Manuel Moreira, Raquel Tillo Clayton, Rodrigo Saraiva e Samuel Alves fazem parte do elenco. Nos planos do teatro para os próximos meses estão também concertos de Clã, Cabrita, Afonso Cabral, Salvador Sobral, Alma Nuestra e Ruge.

 

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Ready, Erva Daninha Ashleigh Georgiou

Festival
Surpresa: um mês de espectáculos 

Ao ar livre e em segurança. É assim que se perfila Ponte de Lima É Uma Surpresa, espécie de festival de Verão adaptado às restrições actuais, onde espectáculos de música, teatro e circo se sucedem diária e gratuitamente ao longo de um mês. É aqui que, no dia 16, a Erva Daninha faz a primeira apresentação pública de Ready, em que “guerreiros dançantes, manipuladores de armas invisíveis, sublimam a guerra numa batalha sem inimigos, num baile de defesa sem ataque”. Outros destaques são os concertos de Rogério Charraz & Os Irrevogáveis (na abertura), B Fachada, Adolfo Luxúria Canibal, Labaq, Lula Pena, Maria Anadon, Maria João (com Ogre), O Gajo, Selma Uamusse, Surma, TGB, Tó Trips, Valter Lobo e uma peça do Teatro no Ar (Dá-me a Tua Mão para Não Ser Tão Grande o Silêncio). Quase tão vasto como o cartaz é o plano de contingência (a consultar aqui), que inclui a limitação a 300 lugares sentados e espaçados, a medição da temperatura, a higienização das mãos e o uso obrigatório de máscara.

 

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Adoration, filme de Fabrice du Welz DR

Festival
Um segundo FICLO

O FICLO - Festival Internacional de Cinema e Literatura de Olhão nasceu no ano passado para conjugar as duas artes, indo para além adaptações e preferindo “ligações inesperadas” entre elas. A segunda edição estava preparada para Março/Abril. Foi adiada e ajustada, e está agora pronta para ser exibida, mantendo o essencial e apostando mais no ar livre. O filme de abertura é o conto de amor, fé e doença mental Adoration, de Fabrice du Welz. É um dos seis em estreia nacional na competição oficial, composta por uma dúzia de filmes. Outro é Tantas Almas, de Nicolás Rincón Gille, no encerramento. O festival projecta-se também numa retrospectiva do realizador Albert Serra e num ciclo dedicado ao cinema italiano. Fora da tela, Tiago Hespanha responde ao desafio de escrever um argumento inspirado na região, enquanto decorrem actividades paralelas como conversas, masterclasses, passeios performativos e outros em tuk-tuk por locais de Olhão onde foram rodadas cenas de filmes.

 

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Walk & Talk Paulo Pimenta

Artes
Walk & Talk em rede

Por estes dias, a ilha açoriana de São Miguel está transformada numa rede de arte pública chamada Walk & Talk. A ilha e o online, porque este ano obriga a um formato diferente, repartido entre propostas feitas no local que se traduzem numa plataforma virtual. Mais de 30 artistas e colectivos contribuem para as performances, instalações, projecções, conversas, rádio e outras iniciativas que alimentam os circuitos da edição número 9.5 (a décima “integral” fica para 2021) do festival organizado pela associação açoriana Anda&Fala. 

 

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Cortesia de Serralves

Passeio
O parque está todo iluminado

O Parque de Serralves volta a abrir portas às noites de Verão, iluminando os seus recantos e convidando os visitantes para um percurso decorado com instalações de luz, este ano com curadoria de Paula Rainha e Joana Mendo. O passeio por Há Luz no Parque pode ser completado com visitas nocturnas orientadas (algumas, para descobrir “seres da noite” que ali vivem – anfíbios, morcegos e aves – com investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental), uma acção de libertação de aves pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e workshops de fotografia nocturna.