Covid-19: Professores dizem que orientações da tutela são insuficientes
Associação Sindical dos Professores Licenciados quer reunir urgentemente com o Ministério da Educação para discutir as condições de trabalho de docentes e alunos.
A Associação Sindical dos Professores Licenciados (ASPL) pediu este sábado reuniões negociais urgentes com o Ministério da Educação, sobre a abertura do ano lectivo, por considerar que as orientações da tutela são insuficientes para acautelar o risco de transmissão do coronavírus.
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A Associação Sindical dos Professores Licenciados (ASPL) pediu este sábado reuniões negociais urgentes com o Ministério da Educação, sobre a abertura do ano lectivo, por considerar que as orientações da tutela são insuficientes para acautelar o risco de transmissão do coronavírus.
Os professores querem a abertura de um processo negocial para tratar das condições de trabalho necessárias aos regimes previstos para o próximo ano lectivo, seja o presencial, o misto ou o não presencial, de acordo com um comunicado divulgado por aquela estrutura. No documento, a associação indica que o pedido por escrito seguiu hoje para a tutela.
A ASPL afirma que vê com “muita preocupação” a chegada do próximo ano lectivo e sustenta que as orientações da tutela não explicitam a distância mínima a que devem encontrar-se os alunos dentro das salas de aula ou o desdobramento de turmas. “Só nos resta concluir, porque conhecemos bem a realidade das nossas escolas, que a regra do distanciamento físico de 1,5 metros, no mínimo, não vai ser cumprida nas escolas, o que a ASPL vê com muita apreensão”, lê-se no documento.
A organização sindical aponta ainda “outras lacunas”, referindo que não está acautelada a necessidade de um dispensador de álcool gel à entrada e saída de cada sala de aulas, ou, pelo menos, em cada corredor que dá acesso às salas. “Também não está assegurado o fornecimento de equipamentos como as máscaras, nem que seja, pelo menos, nas situações em que os alunos, pessoal auxiliar ou os professores não as tenham na altura em que acedem à escola ou que estejam na escola e necessitem trocá-la, por qualquer razão”, sublinha ainda a ASPL, apelando também à redução da burocracia nas escolas.