Massive Attack lançam novo testemunho político e audiovisual

A emergência climática, os paraísos fiscais e renda básica universal, são três dos assuntos abordados no novo projecto audiovisual dos britânicos, que foi criado durante o confinamento, e que conta com a participação de três actores políticos europeus. Chama-se Eutopia e pode ser visto aqui.

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Chama-se Eutopia e é o novo lançamento audiovisual dos britânicos Massive Attack, um dos projectos europeus que ao longo dos anos melhor tem conciliado cultura popular com questionamentos políticos, como é constatável nos espectáculos ao longo dos anos. Ainda o ano passado estiveram em Lisboa, em duas datas esgotadas no Campo Pequeno, por ocasião da celebração dos 20 anos do álbum Mezzanine.

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Chama-se Eutopia e é o novo lançamento audiovisual dos britânicos Massive Attack, um dos projectos europeus que ao longo dos anos melhor tem conciliado cultura popular com questionamentos políticos, como é constatável nos espectáculos ao longo dos anos. Ainda o ano passado estiveram em Lisboa, em duas datas esgotadas no Campo Pequeno, por ocasião da celebração dos 20 anos do álbum Mezzanine.

Gravado durante o confinamento, Eutopia, chega quatro anos depois do último lançamento do grupo de Bristol, o EP Ritual Spirit, e conta com convidados vocais como Algiers, Saul Williams e Young Fathers. As imagens são da autoria do artista Mario Klingemann, geradas através de inteligência artificial. Uma das novidades é a participação de três actores políticos. A economista e diplomata Christiana Figueres, que escreveu o Acordo Climático da ONU em Paris. O teórico britânico da Renda Básica Universal Guy Standing. E o economista francês Gabriel Zucman, que propôs recentemente a criação de um imposto sobre a riqueza dos 1% mais ricos na União Europeia.

Num comunicado os Massive Attack explicaram o projecto: “O confinamento expôs o melhor e o pior da humanidade. Esse período de incerteza e ansiedade forçou-nos a meditar sobre a necessidade óbvia de mudar os sistemas prejudiciais nos quais vivemos. Ao trabalhar com três especialistas, criámos um diálogo sonoro e visual em torno de questões estruturais globais, como a emergência climática, os paraísos fiscais e Renda Básica Universal. O espírito deste EP não tem nada a ver com noções ingénuas de um mundo perfeito, e tudo a ver com a necessidade urgente e prática de construir algo melhor. Eutopia é o oposto de um erro de ortografia.”