Exame de História A foi “acessível” e as perguntas “menos específicas do que em anos anteriores”

A manhã desta sexta-feira foi marcada pelo exame nacional de História A. Na Escola Básica e Secundária de Padrão da Légua, em Matosinhos, é consensual que o exame foi “acessível”. O acesso à faculdade através do método de avaliação dos exames preocupa os alunos: “A barreira socioeconómica pode ser um entrave para o acesso ao ensino superior.”

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Paulo Pimenta

No dia do exame nacional de História A, o PÚBLICO esteve na Escola Básica e Secundária de Padrão da Légua, em Matosinhos. Nesta escola, apenas 13 alunos fizeram o exame à disciplina. À saída, alguns dos estudantes responderam a um inquérito acerca do exame.

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No dia do exame nacional de História A, o PÚBLICO esteve na Escola Básica e Secundária de Padrão da Légua, em Matosinhos. Nesta escola, apenas 13 alunos fizeram o exame à disciplina. À saída, alguns dos estudantes responderam a um inquérito acerca do exame.

1. Como correu o exame?

2. Correspondeu à matéria leccionada nas aulas?

3. O que gostavas que tivesse saído e não saiu?

4. Qual foi a pergunta ou tópico que correu pior?

Diogo Pinheiro, 20 anos, Línguas e Humanidades

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1. Correu bem, foi bastante fácil. Estudei muito por isso estava preparado.

2. Houve algumas surpresas. Por exemplo, havia um exercício de correspondência e normalmente nesses exercícios há sempre opções que ficam de fora e, desta vez, tínhamos de usar todas as opções. 

3. Não propriamente. Eu acho é que devia haver uma reestruturação e uma reforma no ensino porque os exames são uma forma de avaliação injusta. A matéria vai mudando de ano para ano e isso não podemos mudar, o que podemos mudar, sim, é a essência dos exames. Conseguimos ver nas estatísticas que as escolas dos meios socioeconómicos mais baixos têm notas piores nos exames, enquanto os colégios privados têm notas melhores. A barreira socioeconómica pode ser um entrave para o acesso ao ensino superior. No meu caso, eu trabalho e estudo, a minha sorte é que consigo apanhar facilmente a matéria, mas nem toda a gente é assim. 

4. Penso que nada correu mal, correu bem no geral. 

Beatriz Canossa, 18 anos, Línguas e Humanidades

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1. Eu não gosto muito de dizer se correu muito bem ou não, mas acho que podia ter corrido melhor, mas também podia ter corrido bastante pior.

2. Sim, sim.

3. Gostava mais que saísse a parte de Portugal durante a ditadura, estava preparada para isso. Saiu, mas não tanto como eu gostava que tivesse saído.

4. Foi a pergunta de desenvolvimento. Não correu mal, mas eu estava à espera que saísse Portugal. 

Miguel Ribeiro, 18 anos, Línguas e Humanidades

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Paulo Pimenta

1. A mim correu bem, acho que foi bastante acessível relativamente aos anos anteriores. A matéria era menos específica, com menos datas.

2. Sim, sem dúvida. Não houve nada inesperado.

3. Eu estava à espera que saísse mais matéria relacionada com Portugal, até mesmo na pergunta de desenvolvimento, que afinal pediam para falar do pós Segunda Guerra Mundial e relacionar o capitalismo com o comunismo. Mas achei acessível, mesmo com a parte da Guerra Fria. Achei bastante acessível. 

4. Acho que foi a parte final. Pediam para falar da Constituição de 1976. Achei mais difícil.