Universidade Lusófona lidera consórcio para criar a primeira faculdade internacional de cinema
Estão incluídas faculdades da Bélgica, da Irlanda e da Hungria. “Cada uma das universidades é um campus e os alunos fazem o curso em mobilidade entre os vários pólos”, explica o coordenador do departamento de Cinema e Artes da Lusófona. Construção deve iniciar-se em 2025.
O departamento de Cinema e Artes dos Media da Universidade Lusófona vai liderar um consórcio de quatro instituições no âmbito do programa Universidades Europeias, organizado pela União Europeia, para criar a primeira universidade internacional nas áreas do cinema e do audiovisual. Será a primeira vez que um estabelecimento de ensino superior em Portugal coordena um dos consórcios vencedores desta iniciativa, desenvolvida com a ambição de construir pólos de educação que permitam aos estudantes a realização de um percurso académico com estudos em vários países europeus e de “reunir uma nova geração de europeus criativos”.
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O departamento de Cinema e Artes dos Media da Universidade Lusófona vai liderar um consórcio de quatro instituições no âmbito do programa Universidades Europeias, organizado pela União Europeia, para criar a primeira universidade internacional nas áreas do cinema e do audiovisual. Será a primeira vez que um estabelecimento de ensino superior em Portugal coordena um dos consórcios vencedores desta iniciativa, desenvolvida com a ambição de construir pólos de educação que permitam aos estudantes a realização de um percurso académico com estudos em vários países europeus e de “reunir uma nova geração de europeus criativos”.
A Lusófona viu a sua candidatura aprovada com o projecto FILMEU – The European University for Film and Media Arts. Além da Lusófona, o projecto envolve a LUCA School of Arts, da Bélgica, a Academia de Drama e Cinema de Budapeste, da Hungria, e o Dun Laoghaire Instituto de Arte, da Irlanda. Manuel Damásio, director do departamento de Cinema e Artes dos Media da Universidade Lusófona, explica ao PÚBLICO que, numa primeira fase, o consórcio “desenhará” os quatro pólos da universidade internacional, que de resto ainda não tem nome, sendo que, com uma “segunda ronda de financiamento”, “a construção propriamente dita” começará a concretizar-se em 2025.
“Cada uma das universidades que se juntam são um campus e os alunos fazem o curso em mobilidade entre os vários pólos. Por exemplo, podem começar a formação em Budapeste, fazer o segundo semestre em Lisboa e, no ano seguinte, passar para a Bélgica ou a Irlanda. Será como um circuito itinerante”, avança Manuel Damásio. A universidade internacional, sublinha igualmente o professor, contemplará “um plano de estudos em toda a natureza tecnológica e artística”, com cadeiras de cinema e sonoplastia, cursos em desenvolvimento de videojogos e formações em projectos de realidade virtual ou aumentada, por exemplo.
A candidatura prevê ainda a construção do “FILMEU Hub”, com “estruturas de produção espalhadas pelos quatro países” que estarão “abertas à sociedade”. Manuel Damásio salienta ainda a importância de uma iniciativa como a Universidades Europeias do ponto de vista da “captação de talentos”: “Podemos, para o corpo de estudantes, atrair os melhores alunos internacionais, e, para o corpo de docentes, os melhores investigadores, dando ao sector da Cultura uma possível projecção de investimento muito interessante”, destaca.
O consórcio liderado pela Universidade Lusófona é um de 24 escolhidos pela União Europeia no âmbito do Universidades Europeias. O projecto FILMEU prevê que a sede portuguesa desta faculdade internacional seja construída em Lisboa.