Porque é tão difícil quebrar as cadeias de transmissão na região de Lisboa?

Inquéritos epidemiológicos e estudos moleculares ajudam a identificar cadeias de transmissão, mas para as quebrar é preciso uma acção conjunta entre “indivíduos, operadores económicos e Governo”. As dificuldades económicas, a forma como os cidadãos se deslocam e o facto de existirem muitos casos assintomáticos dificultam o trabalho de detective dos médicos de saúde pública.

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Bairro de Alfama, Lisboa Nuno Ferreira Santos

Nos primeiros dias de epidemia de covid-19 em Portugal, os boletins diários da Direcção-Geral da Saúde mostravam um dado que agora já não é revelado pelas autoridades de saúde: o número de cadeias de transmissão activas do vírus SARS-CoV-2. Começaram por existir quatro cadeias em Portugal, a 8 de Março. No dia 20 do mesmo mês, eram já 24 as cadeias de transmissão activas — este 18º relatório é o último em que consta esta informação. Mas, volvidos alguns meses, a dificuldade em identificar estas pegadas do vírus é um dos problemas que Portugal enfrenta, não só pela dimensão da amostra, mas também por causa dos casos assintomáticos, das pessoas com vários empregos, da pobreza, do desconfinamento.

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Nos primeiros dias de epidemia de covid-19 em Portugal, os boletins diários da Direcção-Geral da Saúde mostravam um dado que agora já não é revelado pelas autoridades de saúde: o número de cadeias de transmissão activas do vírus SARS-CoV-2. Começaram por existir quatro cadeias em Portugal, a 8 de Março. No dia 20 do mesmo mês, eram já 24 as cadeias de transmissão activas — este 18º relatório é o último em que consta esta informação. Mas, volvidos alguns meses, a dificuldade em identificar estas pegadas do vírus é um dos problemas que Portugal enfrenta, não só pela dimensão da amostra, mas também por causa dos casos assintomáticos, das pessoas com vários empregos, da pobreza, do desconfinamento.