Filme sobre o cão de Muge premiado em Espanha
Filme de animação sobre investigação arqueológica portuguesa distinguido no concurso Ciencia en Acción 2020.
A curta-metragem de animação O Cão de Muge – Um Amigo Pré-Histórico foi distinguida no concurso internacional Ciencia en Acción 2020, informou esta quinta-feira a divisão de Relações Externas e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
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A curta-metragem de animação O Cão de Muge – Um Amigo Pré-Histórico foi distinguida no concurso internacional Ciencia en Acción 2020, informou esta quinta-feira a divisão de Relações Externas e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
O Cão de Muge – Um Amigo Pré-Histórico, que envolve investigadores do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, foi distinguido com o primeiro prémio da categoria Materiais Didácticos de Ciência e Trabalhos de Divulgação Científica do concurso, ex-aequo com produções de investigadores do Planetário e da Universidade Ramon Llull, de Barcelona, e do Instituto de Geociências de Madrid. O concurso internacional Ciencia en Acción é promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas e pelas Reais Sociedades de Física, Química, Astronomia e Geologia de Espanha.
Feita com os investigadores Cleia Detry, Ana Elisabete Pires, Catarina Ginja, Inês Carrilho, Maria Vieira, Joana Manarte e Ricardo Matos, segundo a informação disponível no site do prémio, a curta-metragem conta a história de um cão com cerca de 7600 anos, descoberto no século XIX, numa escavação em Muge, na região de Salvaterra de Magos, e desde então depositado no Museu Geológico de Lisboa, onde foi novamente descoberto em 2000. A investigação posterior permitiu, através de estudos de ADN antigo, tomografia computadorizada, datação por radiocarbono, análise de isótopos, de genómica e de imagiologia, obter dados sobre a vida e a morte do cão, documentados no filme.
Segundo o site da Direcção-Geral do Património Cultural, presente no projecto através do seu Laboratório de Arqueociências, a investigação conta também com diversas instituições: o Museu Geológico de Lisboa; o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, da Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva da Universidade do Porto; o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária; a Faculdade de Medicina Veterinária; e a Escola de Comunicação Arquitectura, Artes e Tecnologias de Informação, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.