PS quer directas para a escolha do candidato a Vila do Conde
Aposta recai em Vítor Costa, mas o líder da concelhia quer envolver não só os militantes, mas também os simpatizantes do partido na escolha do candidato.
O candidato do PS à Câmara de Vila do Conde em 2021 vai ser escolhido pela primeira vez em eleições directas. A concelhia do PS de Vila do Conde quer candidatar o presidente da comissão política às eleições autárquicas do próximo ano, mas Vítor Costa tem outro entendimento e defende que o candidato, desta vez, seja escolhido não apenas pela estrutura concelhia, mas por um universo mais alargado que envolva militantes e simpatizantes do partido.
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O candidato do PS à Câmara de Vila do Conde em 2021 vai ser escolhido pela primeira vez em eleições directas. A concelhia do PS de Vila do Conde quer candidatar o presidente da comissão política às eleições autárquicas do próximo ano, mas Vítor Costa tem outro entendimento e defende que o candidato, desta vez, seja escolhido não apenas pela estrutura concelhia, mas por um universo mais alargado que envolva militantes e simpatizantes do partido.
“Todos os vilacondenses que queiram participar neste acto livre e aberto poderão fazê-lo, inscrevendo-se como simpatizantes do PS, que é uma figura estatutária do partido”, esclarece o presidente da concelhia socialista. “Quero a participação activa de todos os militantes e de todos os vilacondenses na escolha do candidato autárquico”, reitera
Este professor de Matemática no Instituto Superior de Engenharia do Porto, que é também investigador no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), afirma que a “escolha tradicional dos candidatos às autárquicas pelos órgãos do partido é legítima, mas tendo em conta que o PS tem outros quadros a sua participação neste tipo de combate enriquece a própria eleição”,
“A política só vale a pena quando os desafios são elevados e Vila do Conde que é a minha comunidade é um desafio extremamente elevado”, declara o líder concelhio que prefere um combate duro com outros militantes do que refugiar-se em “comodismos tacticistas”, assumindo-se como candidato único. “Em política tem de haver coragem”, frisa, garantindo que se os militantes não votarem nele apoiará na qualidade de presidente da concelhia o candidato que vier a ser escolhido.
Eleito em Fevereiro para líder da concelhia de Vila do Conde por 98,5% dos militantes, Vítor Costa promove esta quinta-feira uma conferência de imprensa onde vai assumir que quer eleições directas para a câmara porque foi esse o compromisso que assumiu quando em Janeiro anunciou a sua candidatura à presidência local do partido.
Ao PÚBLICO, Vítor Costa diz que Vila do Conde precisa de um novo projecto político a nível autárquico e pede mudança. Sem fazer quaisquer promessas, o dirigente lamenta a perda de peso político do concelho quer a nível regional, quer a nível nacional, e declara que a “câmara e a presidente [que no primeiro mandato foi eleita na lista do PS, partido com o qual se incompatibilizou] navegam à vista, colocando Vila do Conde numa trajectória descendente”.
Vítor Costa vai propor ao partido que as eleições directas decorram na primeira semana de Outubro, precisamente a um ano das eleições autárquicas.