Mais seis mortes e 232 casos em Portugal. Casos activos e internamentos continuam a subir

Casos activos aumentam pelo sétimo dia consecutivo. Desde o início do surto, foram identificados 44.129 casos de infecção e morreram 1620 pessoas. Já recuperaram 29.166 pessoas. Boletim desta segunda-feira continua sem incluir a actualização dos dados por concelho.

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Manuel Roberto / PUBLICO

Portugal registou esta segunda-feira mais seis mortes, um aumento de 0,37%, e 232 novos casos confirmados de covid-19, uma subida de 0,53%. Desde o início do surto, já foram identificadas 44.129 infecções e morreram 1620 pessoas. Dos novos casos, 195 (84%) foram identificados na região de Lisboa. 

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Portugal registou esta segunda-feira mais seis mortes, um aumento de 0,37%, e 232 novos casos confirmados de covid-19, uma subida de 0,53%. Desde o início do surto, já foram identificadas 44.129 infecções e morreram 1620 pessoas. Dos novos casos, 195 (84%) foram identificados na região de Lisboa. 

O boletim epidemiológico desta segunda-feira da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indica que foram dadas como recuperadas mais 149 pessoas nas últimas 24 horas, aumentando para 29.166 o total de recuperações.

Excluindo as recuperações casos e os óbitos, há 13.343 casos activos em Portugal – o número sobe há sete dias, com mais 77 do que no domingo –, cerca de um terço do número total de casos identificados desde o início do surto.

Há 513 pessoas internadas, mais nove do que no dia anterior, das quais 74 estão nos cuidados intensivos (mais uma). O número de doentes hospitalizados subiu pela sétima vez nos últimos dez dias, estando internados mais 71 infectados do que a 27 de Junho, um aumento de 16,1%. Durante este intervalo, o número de doentes nos cuidados intensivos tem variado, mas há mais quatro pessoas nestas unidades do que há dez dias.

A taxa de letalidade global é de 3,7%, anunciou António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa desta segunda-feira sobre a evolução da pandemia em Portugal.

Dos doentes infectados, 96,2% estão a recuperar no domicílio e 3,8% estão internados: 0,5% em unidades de cuidados intensivos e 3,3% em enfermaria. O secretário de Estado informou ainda que a plataforma Trace Covid tem “mais de 700 mil utentes inseridos” e mais de 16.500 estão em vigilância. “Precisamos de uma melhor integração de plataformas para termos uma radiografia mais fina da situação. Estamos a trabalhar nisso”, garantiu Lacerda Sales.

Lisboa e Vale do Tejo é a região do país com o maior número de casos acumulados, contabilizando desde Março 20.722 infecções e 507 mortes (mais três mortes nas últimas 24 horas). A região Norte, com o segundo maior número total de casos, é a que regista mais óbitos, com 820 em 17.766 casos (mais uma morte e 18 casos).

Nas últimas 24 horas, foram também identificados mais 12 casos no Alentejo (539), onde ainda se lamentam mais duas mortes desde domingo, para um total de 15; seis casos no Centro (4195; um caso no Algarve (663). A Madeira e os Açores não têm registo de qualquer novo infectado nas últimas 24 horas, contabilizando 93 e 151 infecções, respectivamente.

Informação dos boletins está “o mais perto possível da realidade"

O relatório desta segunda-feira volta a não incluir a actualização da distribuição dos casos por cada concelho, à semelhança do que aconteceu no domingo. Numa nota inserida no boletim, a DGS afirma que está “a realizar a verificação de todos os dados com as autoridades locais e regionais de saúde que ficará concluída durante os próximos dias”.

Sobre as dúvidas quanto aos dados dos boletins diários, Graça Freitas destacou, na conferência de imprensa desta segunda-feira, que “a vigilância epidemiológica em Portugal nunca foi tão escrutinada”. “Até à data captámos quase 400 mil pessoas suspeitas, o que gera um volume de milhões de informações”, explicou, referindo que o sistema é “complexo” e tem sofrido “melhorias e incrementos”.

“Há mais de 125 dias que Portugal reporta ininterruptamente o total de casos confirmados. Muitos países não reportam com esta regularidade. Temos de estar orgulhosos do caminho que fomos fazendo para fornecer aos decisores e aos portugueses a informação o mais perto possível da realidade”, defendeu a directora-geral da Saúde.

Relativamente aos dados dos concelhos, Graça Freitas afirmou que, a nível local, “há outros instrumentos” e é possível “captar dados precocemente que ainda não entraram nas plataformas informáticas”. “Não tem nada a ver com esconder casos. O nível de casos reportado a nível nacional é o número do qual temos conhecimento”, assegurou a directora-geral da Saúde.

Os dados por concelho são um agregado dos registos dos Agrupamentos de Centros de Saúde da região. Isto acontece porque “a não-notificação laboratorial no SINAVE LAB por um parceiro privado em 3 dias da semana em curso originou cerca de 200 notificações cuja distribuição ainda carece de análise”, refere o relatório de situação diário divulgado esta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório continua também sem apresentar o quadro com a distribuição dos casos por grupos etários, à semelhança do que aconteceu nos últimos três dias. Esta ausência deve-se a “um erro informático” que a DGS espera pode ser corrigido “com a maior brevidade possível”.

Inquérito serológico com resultados “ainda este mês"

Os resultados preliminares do inquérito serológico realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) serão divulgados “ainda este mês”, anunciou António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde.

A recolha de dados terminou na sexta-feira e são 2072 os participantes de todo o país, referiu o presidente do INSA, Fernando Almeida, presente na conferência de imprensa. “Esperamos perceber a proporção de casos de pessoas com um nível elevado de anticorpos”, referiu.

O estudo será repetido daqui a cinco meses e depois de três em três meses, tendo também em conta a situação epidemiológica, disse Fernando Almeida. Também será realizado um estudo relacionado com os profissionais de saúde, sobre o qual a Organização Mundial da Saúde “tem interesse e está disponível para disponibilizar material”, anunciou o presidente do INSA.