Morreu Ennio Morricone, o “imperador” das bandas sonoras

O seu nome evoca de imediato os famosos western spaghetti de Sergio Leone. Mas o compositor italiano compôs música para mais de meio milhar de filmes e resistia a que o reduzissem a essa “camisa-de-forças”. Coroado tardiamente com um Óscar, em 2016, morreu esta madrugada em Roma, aos 91 anos.

Foto
Ennio Morricone Dylan Martinez

Nenhum outro compositor de música para cinema terá obtido o reconhecimento global de Ennio Morricone, “Il Maestro” (como fazia questão de ser tratado). Algumas das suas criações mais reconhecíveis fazem hoje parte indelével da cultura popular – desde o “uivo” do genérico de O Bom, o Mau e o Vilão (1966), citado em dezenas de homenagens e paródias, ao diálogo entre flautas de pã e coros tribais de A Missão (1986). Os Metallica sobem a palco ao som de The ecstasy of goldda “tal” banda sonora de O Bom, o Mau e o Vilão, e Mike Patton, dos Faith No More, organizou em tempos uma compilação com as suas peças mais vanguardistas, Crime and Dissonance (2005). E o mais pop dos cineastas contemporâneos, Quentin Tarantino, apontou-o como “o seu compositor preferido”, ao nível de Mozart, Beethoven ou Schubert – ao ponto de, desde Kill Bill (2003), ter usado repetidamente excertos da sua música, até que finalmente conseguiu o OK do Maestro para uma partitura original. Foi em 2015, para Os Oito Odiados, obra escrita por inteiro a partir do argumento, e que valeu ao italiano tornar-se, aos 87 anos, o mais idoso vencedor de um Óscar até então.

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Nenhum outro compositor de música para cinema terá obtido o reconhecimento global de Ennio Morricone, “Il Maestro” (como fazia questão de ser tratado). Algumas das suas criações mais reconhecíveis fazem hoje parte indelével da cultura popular – desde o “uivo” do genérico de O Bom, o Mau e o Vilão (1966), citado em dezenas de homenagens e paródias, ao diálogo entre flautas de pã e coros tribais de A Missão (1986). Os Metallica sobem a palco ao som de The ecstasy of goldda “tal” banda sonora de O Bom, o Mau e o Vilão, e Mike Patton, dos Faith No More, organizou em tempos uma compilação com as suas peças mais vanguardistas, Crime and Dissonance (2005). E o mais pop dos cineastas contemporâneos, Quentin Tarantino, apontou-o como “o seu compositor preferido”, ao nível de Mozart, Beethoven ou Schubert – ao ponto de, desde Kill Bill (2003), ter usado repetidamente excertos da sua música, até que finalmente conseguiu o OK do Maestro para uma partitura original. Foi em 2015, para Os Oito Odiados, obra escrita por inteiro a partir do argumento, e que valeu ao italiano tornar-se, aos 87 anos, o mais idoso vencedor de um Óscar até então.