Alguns moradores de Arroios criticam falta de segurança na ciclovia da Avenida Almirante Reis em Lisboa

No grupo “Vizinhos de Arroios” na rede social Facebook têm sido difundidos vários vídeos e textos a criticar a ciclovia. Surgiram, também, algumas publicações de elogio, mas as mesmas acabam por ser eliminadas.

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rui Gaudencio

O colectivo Vizinhos de Arroios criticou nesta quinta-feira a ciclovia pop-up construída na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, através da supressão de uma via de trânsito, argumentando que não cumpre as normas de segurança.

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O colectivo Vizinhos de Arroios criticou nesta quinta-feira a ciclovia pop-up construída na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, através da supressão de uma via de trânsito, argumentando que não cumpre as normas de segurança.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do grupo Luís Castro considerou que aquela ciclovia não é segura e que, face às dúvidas legais, os Vizinhos de Arroios questionaram a Agência Nacional de Segurança Rodoviária e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Segundo o dirigente, os ciclistas e os carros circulam a menos de 1,5 metros de distância e a utilização da ciclovia por parte dos veículos de emergência compromete a segurança dos ciclistas.

Outra das questões apontadas por Luís Castro prende-se com a fluidez do trânsito.

“Numa situação normal na Almirantes Reis o tráfego é completamente diferente”, argumentou, acrescentando que os “estrangulamentos” deviam ser feitos “à entrada das cidades e não à saída”.

A ciclovia da Avenida Almirante Reis, contemplada no plano da Zona de Emissões Reduzidas da Câmara de Lisboa, estava prevista no sentido Norte/Sul, tendo agora passado para o sentido oposto no projecto de ciclovias pop-up da autarquia.

O colectivo, que faz parte da Associação Vizinhos em Lisboa, lamenta que não tenha havido mais discussão entre a câmara, moradores e comerciantes, que têm feito críticas e apresentam preocupações relativas à perda de lugares de estacionamento, assim como à realização de cargas e descargas.

“As pessoas estão preocupadas. As ciclovias devem ser implantadas em sítios que são possíveis”, reforçou Luís Castro.

Para o coordenador do colectivo, “fazia sentido que [a ciclovia] fosse posta noutro sítio”, designadamente em ruas paralelas e no sentido Norte/Sul do trânsito automóvel, de forma a não comprometer a saída de carros do centro da cidade.

No grupo “Vizinhos de Arroios” na rede social Facebook têm sido difundidos vários vídeos e textos a criticar a ciclovia.

Surgiram, também, algumas publicações de elogio, mas as mesmas acabam por ser eliminadas.

Em entrevista ao podcast do PS “Política com Palavra”, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, defendeu que a introdução desta nova ciclovia “ajuda muito à circulação de ambulâncias e de carros de bombeiros”.

O autarca admitiu, porém, que terão de ser feitas “adaptações micro”, nomeadamente no que diz respeito às zonas de carga e descarga ou às paragens de autocarro.