Taxa de desemprego nos EUA cai pelo segundo mês consecutivo

Em Junho, a economia dos EUA recuperou 4,8 milhões de postos de trabalho. A taxa de desemprego fixou-se nos 11,1%, contra os 13,3% em Maio.

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Larry Kudlow, director do conselho económico da Casa Branca Reuters/TOM BRENNER

O mercado laboral dos EUA mantém-se no caminho de uma recuperação de postos de trabalho, mostram os dados hoje divulgados, que colocam a taxa de desemprego nos 11,1% no fim de Junho. É uma descida de 2,2 pontos percentuais face aos 13,3% registados em Maio, segundo as estatísticas do Departamento de Trabalho, um ganho que traduz a recuperação de 4,8 milhões de postos de trabalho no último mês.

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O mercado laboral dos EUA mantém-se no caminho de uma recuperação de postos de trabalho, mostram os dados hoje divulgados, que colocam a taxa de desemprego nos 11,1% no fim de Junho. É uma descida de 2,2 pontos percentuais face aos 13,3% registados em Maio, segundo as estatísticas do Departamento de Trabalho, um ganho que traduz a recuperação de 4,8 milhões de postos de trabalho no último mês.

Ainda que tenha menos emprego do que em Fevereiro, a economia dos EUA regista, assim, o segundo mês consecutivo de recuperação, distanciando-se do valor recorde de 14,7% registado em Abril, quando o país vivia em confinamento.

Nessa altura, perderam-se mais de 20 milhões de postos de trabalho, o pior registo em 75 anos, após a Segunda Guerra Mundial.

A pandemia interrompeu um largo ciclo de crescimento de emprego nos EUA, e o número de empregos criados desde a Grande Recessão causada pela crise financeira de há uma década foi superado pelo número de empregos destruídos deste que a forte travagem económica imposta pelas medidas de contenção da covid-19.

A recuperação em Junho foi ligeiramente melhor do que a esperada pelos analistas, que apontavam para uma taxa de 12,6%. Porém, o resultado final fica ainda muito longe do mínimo histórico de 3,5% que se registava antes da pandemia. E a desigualdade é uma das marcas desta recuperação.

Olhando para os dados desagregados, percebe-se que a taxa de desemprego desceu mais rapidamente entre a população branca do que entre a população negra. No primeiro caso, o desemprego desceu de 12,4% para 10,1%, ao passo que no segundo, a descida foi mais pequena, de 18,8% para 15,4%. Isto coloca o gap do desemprego entre população branca e negra em 5,3 pontos percentuais, o maior nível desde Maio de 2015.

Em Agosto de 2019, esse gap atingiu o valor mínimo desde que o Departamento do Trabalho começou esta série estatística. Na altura, o desemprego entre a população negra era de 5,4%, o melhor resultado de sempre, e a diferença para o desemprego entre população branca era de apenas dois pontos percentuais.

Num país que mergulhou, no final de Maio, numa grande instabilidade social devido à morte de George Floyd, este é mais um dado para o debate sobre o desequilíbrio económico e social entre a maioria branca, que representa à volta de três quartos da população dos EUA, e a minoria negra, que ronda os 13,5% da população residente.

Em termos de pedidos de subsídio de desemprego, o Departamento do Trabalho contabilizou 1,427 milhões na última semana, um valor acima dos 1,355 milhões esperados. Mesmo assim, foi uma melhoria face aos 1,482 milhões da semana precedente.