Pietro Marcello: o cineasta militante que não quer ser tarefeiro
Com a sua primeira ficção oficial, Martin Eden, o italiano Pietro Marcello estreia-se no circuito comercial português — uma adaptação de Jack London gloriosamente caseira e italiana, individualista e política, por oposição a um cinema de indústria globalizado.
“O cinema não é uma arte nobre. Não é uma arte séria, como a poesia, a pintura, a música. Não é a sétima arte. Talvez, no passado, com o cinema do silêncio, o mudo, tenha alcançado tais cumes... Mas hoje não. O cinema é fanfarrão, é um trabalho colectivo, uma arte popular que se faz com outras pessoas.”