Família salva urso com boião na cabeça, mais um alerta para a poluição marinha

O urso nadava, aflito, com a cabeça enfiada num frasco de plástico “há três ou quatro dias”. O vídeo de uma família a soltá-lo (com sucesso) é um dos mais recentes alertas para a poluição marinha.

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Tudo se terá passado em cinco minutos, relatam. Uma família estava a pescar no lago Marsh-Miller, no estado norte-americano do Wisconsin, quando avistaram uma cria de urso a nadar com dificuldades. Tinha um boião de plástico enfiada na cabeça. 

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Tudo se terá passado em cinco minutos, relatam. Uma família estava a pescar no lago Marsh-Miller, no estado norte-americano do Wisconsin, quando avistaram uma cria de urso a nadar com dificuldades. Tinha um boião de plástico enfiada na cabeça. 

“Sabíamos que, se não fizéssemos nada, ele provavelmente não iria conseguir chegar à costa”, disse à CNN Tricia Hurt, uma das três tripulantes do barco de pesca. Para o ajudar a soltar-se, aproximaram o barco discretamente e tentaram puxar o boião uma primeira vez. Já com uma das orelhas soltas, voltaram a perseguir o animal assustado e, quando conseguiram aproximar-se, Brian Hurt puxou o boião com mais força e conseguiu libertar o urso, que, mostra o vídeo gravado por Tricia, ajudou com uma pata. 

Da costa do lago Marsh-Miller, alguns campistas assistiram ao resgate, relata a CNN. Ao espalhar-se a mensagem, a família de pescadores amadores ficou a saber que a cria andava há “três ou quatro dias” com o recipiente preso na cabeça. O Departamento de Recursos Naturais do Wisconsin foi contactado, mas nunca conseguiu localizar o animal entre a paisagem com florestas densas.

As imagens de tartarugas com palhinhas enfiadas no nariz ou de peixes e aves marinhas com o estômago repleto de plástico são cada vez mais comuns nas costas de oceanos, lagos e rios transformados em sopas de plástico. Com a pandemia global, o número de máscaras e luvas a dar à costa escalou e juntou-se às já comuns beatas, embalagens de take away, sacos ou tampas. Embora os principais itens encontrados nas costas e enterrados na areia sejam todos feitos de plástico, há muito que os ecologistas pedem o abandono dos descartáveis, luta que pode retroceder durante o combate à covid-19