Bloco quer alternativa rodoviária em Sintra e transportes privados fora do layoff

Catarina Martins apresentou propostas para melhorar condições sanitárias nos transportes públicos.

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"Algo não está a correr bem nos transportes públicos", dizCatarina Martins LUSA/MIGUEL A. LOPES

Um desdobramento da linha de Sintra com oferta rodoviária e o fim imediato do layoff nas empresas privadas de transportes públicos nas áreas da grande Lisboa e Porto. O Bloco de Esquerda apresentou esta segunda-feira duas propostas para melhorar as condições sanitárias de prevenção do Covid-19 nos transportes públicos, porque, como afirmou Catarina Martins em conferência de imprensa, “não faz sentido desconfinar a economia e manter os transportes públicos confinados”.

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Um desdobramento da linha de Sintra com oferta rodoviária e o fim imediato do layoff nas empresas privadas de transportes públicos nas áreas da grande Lisboa e Porto. O Bloco de Esquerda apresentou esta segunda-feira duas propostas para melhorar as condições sanitárias de prevenção do Covid-19 nos transportes públicos, porque, como afirmou Catarina Martins em conferência de imprensa, “não faz sentido desconfinar a economia e manter os transportes públicos confinados”.

“Algo não está a correr bem nos transportes públicos”, afirmou a coordenadora do BE, apontando em especial o problema da linha de Sintra, onde os comboios têm andado cheios e sem margem para manter a distância de segurança entre os passageiros. Ainda que tenha notado o esforço do Governo em aumentar o número de carruagens a comprar, Catarina Martins reconhece a especificidade da bitola da linha de Sintra e por isso propõe que o reforço de oferta seja feito com autocarros.

Para a Área Metropolitana do Porto e algumas áreas da de Lisboa, como Almada, a coordenadora bloquista considerou “inaceitável” que a oferta de transportes continue abaixo dos horários de Verão porque as empresas privadas concessionárias se mantêm em layoff.

“Tem de se acabar imediatamente com o layoff nessas empresas, até porque as autarquias já estão a compensá-las pelas perdas de passageiros”, defendeu Catarina Martins, recordando que se tratam de linhas de transporte que servem, não os turistas, mas “habitantes que estão a trabalhar”. “Muitos trabalhadores foram mesmo obrigados a tirar férias na altura da Páscoa, pelo que nos meses de Verão vai haver mais gente a trabalhar”, argumentou ainda.

“Ter a oferta de transportes reduzida abaixo da do Verão nesta altura é absurdo e atentatório à saúde”, considerou a bloquista.

Estas medidas foram apresentadas em antecipação à interpelação que o BE vai fazer ao Governo, na quarta-feira, no parlamento, sobre “a resposta à covid-19 na Grande Lisboa nos transportes e na habitação”.