Ocupação do alojamento local em Maio caiu para 5% em Lisboa e 3% no Porto
Dados do SIR-Alojamento Local mostram forte queda face às taxas de ocupação homóloga, de 73% na capital, e 66% na segunda maior cidade do país.
O mês de Maio confirmou a paralisação do mercado de Alojamento Local (AL), com as taxas médias de ocupação a cair para os 5% em Lisboa e os 3% no Porto. Apesar de no último mês se terem registado alguns dias de desconfinamento no âmbito do surto pandémico de covid-19, os números revelam um agravamento face aos já baixos níveis de ocupação observados em Abril, em que Lisboa registou uma taxa média de ocupação de 10% e o Porto de 11%, dados entretanto revistos em baixa.
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O mês de Maio confirmou a paralisação do mercado de Alojamento Local (AL), com as taxas médias de ocupação a cair para os 5% em Lisboa e os 3% no Porto. Apesar de no último mês se terem registado alguns dias de desconfinamento no âmbito do surto pandémico de covid-19, os números revelam um agravamento face aos já baixos níveis de ocupação observados em Abril, em que Lisboa registou uma taxa média de ocupação de 10% e o Porto de 11%, dados entretanto revistos em baixa.
Em Março, a ocupação média do AL nas duas cidades também foi revista em baixa, para cerca de 40%, reflectindo ainda a dinâmica de um mês que combinou períodos pré e pós-covid, de acordo com os dados, do SIR – Alojamento Local, da Confidencial Imobiliário (CI), empresa especializada na produção e difusão de indicadores de análise do mercado imobiliário.
A comparação homóloga não deixa dívidas sobre a forte redução da ocupação, período em que a ocupação média em Lisboa foi de 73% e no Porto de 66%.
“Outro indicador da pressão da pandemia no AL, fortemente afectado pela suspensão global dos fluxos turísticos, é a quebra de 94% em Lisboa e 96% no Porto no número de noites vendidas, agravando as quedas observadas em Abril, que tinham sido, respectivamente, de 75% e 67%”, revela a CI em comunicado divulgado esta segunda-feira.
De acordo com a mesma fonte, e em consequência da travagem da ocupação, a receita por quarto disponível (o RevPAR, na sigla em inglês) voltou a diminuir em Maio, atingindo 11 euros em Lisboa e sete euros no Porto. Tais valores comparam, respectivamente, com os 15 euros e 14 euros registados em Abril. No período homólogo, o RevPAR de Lisboa atingia os 58 euros e o do Porto os 44 euros.
“As diárias médias mensais dos alojamentos com ocupação em Maio mantiveram-se, contudo, nos níveis habituais do mercado, atingindo 93 euros em Lisboa e 70 euros no Porto”, refere o comunicado.
A CI informa que os dados de Março e Abril foram revistos em baixa, após uma nova análise das plataformas de reserva, no sentido de eliminar, ao máximo, efeitos de reservas com tarifas não reembolsáveis que não tenham tido tradução em ocupação efectiva, assim como ocupação para fins não turísticos que possa ter ocorrido nesse período. “Daí resultou uma actualização em baixa de alguns indicadores, incluindo da taxa de ocupação”, adianta.
A crise do turismo e a falta de habitações para arrendamento permanente levaram o Governo, no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), a inscrever apoios à reconversão de imóveis afectos ao arrendamento temporário, mais conhecido por alojamento local, para arrendamento permanente a custos acessíveis.