Na semana passada aqui mesmo, nesta coluna, fiz uma referência fugaz a Hannah Arendt e a um dos seus conceitos mais conhecidos, o da banalidade do mal. Hoje volto ao assunto, depois de ter lido uma reportagem sobre um insólito julgamento. Bruno Dey, um homem de noventa e três anos, antigo guarda no campo de concentração de Stutthof, é acusado da prática de graves crimes no período decorrido entre 9 de Agosto de 1944 e 26 de Abril de 1945. Como nessa altura tinha apenas dezassete anos o seu julgamento está a decorrer no Tribunal de Menores de Hamburgo. A acusação sustenta a tese de que ele terá participado no assassinato de cinco mil e duzentas pessoas, já que impediu a fuga, a revolta e a libertação dos prisioneiros. Essa conduta transformou-o automaticamente numa peça de uma monstruosa “máquina de matar”.
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Na semana passada aqui mesmo, nesta coluna, fiz uma referência fugaz a Hannah Arendt e a um dos seus conceitos mais conhecidos, o da banalidade do mal. Hoje volto ao assunto, depois de ter lido uma reportagem sobre um insólito julgamento. Bruno Dey, um homem de noventa e três anos, antigo guarda no campo de concentração de Stutthof, é acusado da prática de graves crimes no período decorrido entre 9 de Agosto de 1944 e 26 de Abril de 1945. Como nessa altura tinha apenas dezassete anos o seu julgamento está a decorrer no Tribunal de Menores de Hamburgo. A acusação sustenta a tese de que ele terá participado no assassinato de cinco mil e duzentas pessoas, já que impediu a fuga, a revolta e a libertação dos prisioneiros. Essa conduta transformou-o automaticamente numa peça de uma monstruosa “máquina de matar”.