“Se as pessoas vissem outras a morrer de covid-19 à volta delas, teriam medo de sair à rua. Nesta doença a compreensão do risco é muito mais complexa e difícil”

Se as pessoas perceberem o pouco que se sabe sobre a covid-19 e respectiva imunidade, vão naturalmente proteger-se, diz o epidemiologista Henrique Barros, a propósito dos ajuntamentos de jovens que têm feito aumentar o número de contágios.

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Henrique Barros, especialista em saúde pública e presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto Manuel Roberto

Não é preciso nenhuma lupa para perceber que os jovens estão a sair à rua simplesmente porque se fartaram de estar em casa, lembra Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. Numa altura em que está a ocorrer com a covid-19 aquilo que, há umas décadas se passou com doenças como o sarampo, em que as pessoas se expunham deliberadamente à infecção para ficarem imunes, o especialista em saúde pública lembra que vale de pouco tentar reprimir ajuntamentos. Se as pessoas perceberem que pouco se sabe sobre a doença e respectiva imunidade, “irão naturalmente proteger-se”, sustenta.

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Não é preciso nenhuma lupa para perceber que os jovens estão a sair à rua simplesmente porque se fartaram de estar em casa, lembra Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. Numa altura em que está a ocorrer com a covid-19 aquilo que, há umas décadas se passou com doenças como o sarampo, em que as pessoas se expunham deliberadamente à infecção para ficarem imunes, o especialista em saúde pública lembra que vale de pouco tentar reprimir ajuntamentos. Se as pessoas perceberem que pouco se sabe sobre a doença e respectiva imunidade, “irão naturalmente proteger-se”, sustenta.