Desde as primeiras linhas que dedicámos à música das irmãs Haim (Alana, Danielle e Este), seguimos as pistas que nos colocavam diante de uma combinação milagrosa entre os ecos da pop dos Fleetwood Mac, uns resquícios de country-açucarada e uma eficácia soalheira própria dos feel-good movies dos anos 80 em que a vida, apesar de um par de percalços vividos com a típica dramatização adolescente, parecia uma promessa incontida de felicidade. Ora o que sabemos dessa lógica dos feel good movies é que terminam antes que tal promessa comece a ver-se corrompida pelo dia-a-dia, pelo peso das responsabilidades profissionais e familiares, e pelo afunilamento das possibilidades à medida que cada decisão vai limitando e tornando o horizonte futuro cada vez mais um plano fechado. Ou seja, nunca vemos o dia seguinte, os rancores e os arrependimentos, as amarguras e as doenças, as derrotas e as depressões. Nunca vemos verdadeiramente o feel bad.
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Desde as primeiras linhas que dedicámos à música das irmãs Haim (Alana, Danielle e Este), seguimos as pistas que nos colocavam diante de uma combinação milagrosa entre os ecos da pop dos Fleetwood Mac, uns resquícios de country-açucarada e uma eficácia soalheira própria dos feel-good movies dos anos 80 em que a vida, apesar de um par de percalços vividos com a típica dramatização adolescente, parecia uma promessa incontida de felicidade. Ora o que sabemos dessa lógica dos feel good movies é que terminam antes que tal promessa comece a ver-se corrompida pelo dia-a-dia, pelo peso das responsabilidades profissionais e familiares, e pelo afunilamento das possibilidades à medida que cada decisão vai limitando e tornando o horizonte futuro cada vez mais um plano fechado. Ou seja, nunca vemos o dia seguinte, os rancores e os arrependimentos, as amarguras e as doenças, as derrotas e as depressões. Nunca vemos verdadeiramente o feel bad.