Pedidos de acesso às moratórias de crédito ascendem a 784 mil até final de Maio

Contratos integrados no regime da moratória pública representam mais de metade, num total de 385.117 contratos. O valor suspenso capital de juros) ascende a 3,4 mil milhões de euros nos principais bancos.

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Confinamento gerou uma forte redução de rendimentos de muitas famílias e empresas Paulo Pimenta

Os pedidos de acesso às moratórias de crédito, a pública e as privadas, abrangia, no final de Maio, um total de 783.749 contratos de crédito, tendo sido aprovada a sua aplicação a 688.515 contratos, correspondendo os restantes 95.234 a situações que, “nessa data, estavam ainda em apreciação ou não preenchiam as condições de acesso”, revelou, esta quinta-feira, o Banco de Portugal (BdP).

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Os pedidos de acesso às moratórias de crédito, a pública e as privadas, abrangia, no final de Maio, um total de 783.749 contratos de crédito, tendo sido aprovada a sua aplicação a 688.515 contratos, correspondendo os restantes 95.234 a situações que, “nessa data, estavam ainda em apreciação ou não preenchiam as condições de acesso”, revelou, esta quinta-feira, o Banco de Portugal (BdP).

Do total dos contratos inseridos nas medidas que permitem a suspensão temporária do pagamento de capital e juros ou só capital dos empréstimos, os referentes a consumidores (famílias) representam mais de dois terços (475.215 contratos), o que corresponde a 69% do total, sendo os restantes de crédito a empresas, empresários em nome individual e outros.

De acordo com a mesma fonte, mais de metade (56%) dos contratos que beneficiam de medidas entre 27 de Março e 31 de Maio estão integrados no regime da moratória pública (385.117 contratos), e os restantes nas moratórias privadas (303.398). Ainda no âmbito da moratória pública, quase metade dos contratos integrados (171.817) respeitam a crédito concedido para aquisição de habitação própria permanente, enquanto os restantes envolvem crédito a empresas, a empresários em nome individual e a outros clientes”.

Já os contratos integrados nas moratórias privadas respeitam, maioritariamente, a crédito aos consumidores (175.336), correspondendo os restantes a outros contratos de crédito hipotecário (128 062).

O BdP não revela o montante de crédito suspenso (capital e juros) no conjunto das moratórias (que incluem uma específica para aos consumidores), por instituições de crédito especializado nem o valor total dos contratos de crédito envolvidos nas moratórias. Mas esta semana, no Relatório de Estabilidade Financeira, o supervisor revelou que o valor estimado em capital e juros suspenso pelas moratórias de créditos, até 18 de Junho, ascende a 3,4 mil milhões de euros nos oito maiores grupos bancários a operar em Portugal.

Já o valor total dos créditos abrangidos pelas moratórias de créditos (de particulares e empresas) é de 39 mil milhões de euros nos oito principais bancos, o que representa cerca de 22% de todos os créditos concedidos a empresas e particulares, segundo a mesma informação.

O Governo estendeu este mês, de Setembro deste ano para 31 de Março de 2021, a moratória pública para créditos de empresas e particulares e alargou também as condições em que os clientes podem aceder às moratórias, nomeadamente emigrantes. Alargou ainda a medida pública ao crédito à habitação.

A moratória dos bancos para crédito à habitação também foi estendida esta semana para 31 de Março de 2021. A moratória privada para o crédito ao consumo mantém a duração de 12 meses após a contratação, tendo como limite Junho de 2021.