Casa de Aristides de Sousa Mendes foi entregue à Câmara de Carregal do Sal
Caberá à autarquia de Carregal do Sal definir o modelo de gestão, o enquadramento técnico e o plano de actividades culturais da Casa do Passal após obras de requalificação interior e musealização.
A Casa do Passal, que pertenceu ao cônsul Aristides de Sousa Mendes, foi entregue à Câmara de Carregal do Sal de forma possibilitar a sua requalificação interior e musealização, anunciou esta quarta-feira a autarquia.
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A Casa do Passal, que pertenceu ao cônsul Aristides de Sousa Mendes, foi entregue à Câmara de Carregal do Sal de forma possibilitar a sua requalificação interior e musealização, anunciou esta quarta-feira a autarquia.
Em comunicado, a autarquia refere que assinou com a Fundação Aristides de Sousa Mendes “um contrato de comodato que viabiliza a candidatura e torna possível a realização do projecto de requalificação e musealização da residência do cônsul, que salvou 30 mil vidas do holocausto”.
No âmbito desse contrato, a autarquia ficará responsável pela Casa do Passal (em Cabanas de Viriato), por um período de dez anos, que podem ser prorrogados por sucessivos períodos de dois anos. O objectivo é que, “assumindo o papel de dona da obra, operacionalize a intervenção necessária à requalificação interior e musealização do imóvel, bem como à posterior fruição pelo público em geral”, justifica.
A autarquia lembra que, “depois de avanços e recuos, em que foram surgindo constrangimentos legais de instrução e viabilização da candidatura”, a sua acção, com a aceitação da fundação, “desbloquearam todo o processo”.
“Ao mesmo tempo, permitiram a integração da musealização nesta fase da obra, com um reforço financeiro de mais de meio milhão de euros”, ou seja, “250 mil euros relativos à musealização e incluídos na candidatura, e 300 mil euros que sairão directamente do Orçamento do Estado e que contribuirão para a governabilidade do espaço, nos primeiros três anos”, explica.
Depois de os trabalhos ficarem concluídos, caberá à Câmara de Carregal do Sal definir o modelo de gestão, o enquadramento técnico e o plano de actividades culturais, “bem como a elaboração, aprovação, gestão e execução do respectivo orçamento”, acrescenta.
Em Novembro de 2017, a então directora regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, disse que a Casa do Passal poderia abrir portas ao público em 2019, depois de uma requalificação interior. “Esperemos que possivelmente em 2018 se consiga fazer esta obra: 2018, meados de 2019. Esperemos que, em 2019, estejamos todos na Casa do Passal a inaugurá-la e a abri-la ao público definitivamente, pois há cerca de 50 anos que ela está encerrada ao público”, afirmou, na altura.
A sua convicção foi revelada durante a apresentação dos resultados do concurso público de concepção para a elaboração do projecto de requalificação e musealização da Casa do Passal, uma segunda fase das obras que representava um investimento de 800 mil euros.
Declarada Monumento Nacional em 2011, a Casa do Passal tinha sido alvo de uma primeira intervenção em 2014, ao nível das paredes exteriores e da cobertura.