A Sagrada Família reabre com tributo a Barcelona e só para residentes
Quase quatro meses depois, o ex-líbris da cidade volta a receber visitas. A reabertura é a 4 de Julho mas as primeiras visitas são especiais: só entram barceloneses e gratuitamente, os turistas ficam de fora até data a anunciar.
Foi no mesmo dia em que foi declarada a pandemia que a Sagrada Família, a obra inacabada de Gaudí tornada ex-líbris de Barcelona, anunciou o encerramento. Não só fechou aos seus milhares de visitas (aliás, mais de quatro milhões por ano), também com suspensão eternas obras do templo foram interrompidas, sendo quase certo que, afinal, não será ainda em 2026 que a construção será dada por terminada. Mas o que é um pequeno atraso para uma obra que dura há 138 anos? E que só recebeu licença de construção há ano e meio?
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Foi no mesmo dia em que foi declarada a pandemia que a Sagrada Família, a obra inacabada de Gaudí tornada ex-líbris de Barcelona, anunciou o encerramento. Não só fechou aos seus milhares de visitas (aliás, mais de quatro milhões por ano), também com suspensão eternas obras do templo foram interrompidas, sendo quase certo que, afinal, não será ainda em 2026 que a construção será dada por terminada. Mas o que é um pequeno atraso para uma obra que dura há 138 anos? E que só recebeu licença de construção há ano e meio?
Depois de reabrir para a sua primeira missa a 19 de Junho, a reabertura em tempo de desconfinamento para visitantes está marcada para 4 de Julho e será especial: “É um tributo à cidadania de Barcelona”, em especial “àqueles que estiveram na primeira linha da luta e prevenção” da covid-19, informa a Junta Constructora del Temple Expiatori de la Sagrada Família, o organismo que gere as obras e a vida civil da catedral.
Para “devolver” a Sagrada Família à cidade e ao mundo, a junta preparou um “processo de abertura progressiva em diversas fases”. A primeira é a “Fase Homenagem” e, nesta, só terão acesso os profissionais de saúde da cidade, os agentes de segurança, o pessoal de entidades sociais e ONG e as organizações empresariais e comerciais. São quatro dias que lhes são dedicados (4 e 5, 11 e 12 de Julho).
A segunda, a partir de 18 e 19 de Julho, é a “Hora Barcelonesa”, dedicada aos residentes da capital catalã. Terão direito a entrada gratuita, “com uma lotação mais reduzida e sem presença de turistas”. A procura foi tanta que já esgotaram as entradas para Julho e Agosto, mas a iniciativa, pelo menos limitada às tardes dos fins-de-semana, deverá prosseguir até final do ano.
“Para a Sagrada Família chegou a hora dos barceloneses, dos moradores da cidade, das pessoas que vivem perto e convivem com o dia-a-dia da basílica, mas que nunca a visitaram ou há muito que não entram.”
Depois sim, os turistas poderão voltar, já na terceira fase, cuja data, aliás, ainda está por anunciar e dependerá da “evolução do desconfinamento, as possibilidades de deslocações dentro do Estado espanhol e as permissões para cidadãos de outros países viajarem para Barcelona” – A Espanha abre as fronteiras com o Espaço Schengen a 22 de Junho – com Portugal a 1 de Julho.
O monumento é um dos mais visitados de Espanha e da Europa: registou cerca de 4,5 milhões de visitas ao seu interior no ano passado, já para não contar com os mais de 20 milhões que a admiram de fora.