Michael O’Leary: “Vai ser muito difícil a TAP cumprir condições” do apoio estatal
Presidente do grupo Ryanair considera que o dinheiro a injectar na TAP “seria melhor distribuído através das várias companhias aéreas que operam em Portugal em proporção do seu contributo para a conectividade do país”.
A trabalhar no sector há mais de 30 anos, o presidente do grupo Ryanair, Michael O’Leary, diz que apoios estatais, como os empréstimos feitos à Air France e à Lufthansa, distorcem a concorrência e que se devia antes suspender impostos e taxas a todas as companhias, “na proporção do seu contributo para a conectividade aérea”. Em respostas por escrito, diz que no actual panorama haverá “uma recuperação rápida dos níveis de tráfego à boleia de tarifas baixas. As companhias de bandeira vão “oferecer preços abaixo do custo nos próximos anos” e as tarifas do grupo que lidera, conhecido por apostar no baixo custo, “terão de ser mais baixas para competir e sobreviver”. Essa estratégia tem repercussões imediatas ao nível do número de trabalhadores e salários, com a perspectiva de corte de cerca de três mil trabalhadores, incluindo Portugal, onde o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) já veio falar em tentativas de acordo “ilegais”. Sobre esse tema, Michael O’Leary, de 59 anos, diz que apela “à participação” dos trabalhadores e sindicatos para “diminuir a perda de empregos e o encerramento de bases”.
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A trabalhar no sector há mais de 30 anos, o presidente do grupo Ryanair, Michael O’Leary, diz que apoios estatais, como os empréstimos feitos à Air France e à Lufthansa, distorcem a concorrência e que se devia antes suspender impostos e taxas a todas as companhias, “na proporção do seu contributo para a conectividade aérea”. Em respostas por escrito, diz que no actual panorama haverá “uma recuperação rápida dos níveis de tráfego à boleia de tarifas baixas. As companhias de bandeira vão “oferecer preços abaixo do custo nos próximos anos” e as tarifas do grupo que lidera, conhecido por apostar no baixo custo, “terão de ser mais baixas para competir e sobreviver”. Essa estratégia tem repercussões imediatas ao nível do número de trabalhadores e salários, com a perspectiva de corte de cerca de três mil trabalhadores, incluindo Portugal, onde o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) já veio falar em tentativas de acordo “ilegais”. Sobre esse tema, Michael O’Leary, de 59 anos, diz que apela “à participação” dos trabalhadores e sindicatos para “diminuir a perda de empregos e o encerramento de bases”.