Open House Lisboa 2020: vá pelos seus ouvidos

Nona edição do evento vai realizar-se no fim-de-semana de 26 e 27 de Setembro com um formato inédito e adequado aos tempos de pandemia: oito passeios sonoros pela arquitectura da capital.

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Rui Gaudêncio

Certamente ainda marcada pela pandemia da covid-19, a Open House Lisboa vai ter a sua nona edição nos dias 26 e 27 de Setembro. Às restrições que poderão ainda estar em vigor nessas datas, a organização do evento vai responder com um novo formato: oito passeios sonoros ao ar livre que contemplarão dezenas de espaços e projectos de arquitectura da capital.

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Certamente ainda marcada pela pandemia da covid-19, a Open House Lisboa vai ter a sua nona edição nos dias 26 e 27 de Setembro. Às restrições que poderão ainda estar em vigor nessas datas, a organização do evento vai responder com um novo formato: oito passeios sonoros ao ar livre que contemplarão dezenas de espaços e projectos de arquitectura da capital.

O programa desta iniciativa da Trienal de Lisboa será “todo realizado em espaço exterior com o objectivo de reinterpretar e enriquecer o histórico do evento, adaptando-o à manutenção das recomendadas distâncias físicas”, diz a organização em comunicado. 

A escolha dos passeios fez-se com base no Atlas de Arquitectura online Open House Lisboa, que reúne as quase três centenas de espaços visitados nas sucessivas edições da iniciativa, desde 2012. Para guiar os visitantes, a Trienal convidou oito figuras públicas: a jornalista Paula Moura Pinheiro, apresentadora do programa da RTP2 Visita guiada; a coreógrafa e dramaturga Lígia Soares, a realizadora Leonor Teles, a comunicadora Inês Meneses, o escritor Gonçalo M. Tavares, o músico Tomás Wallenstein, o historiador (e colunista do PÚBLICO) Rui Tavares e o arquitecto Gonçalo Byrne.

Segundo a organização, “o procedimento é simples”: basta descarregar os podcasts e o itinerário assinalado no mapa do site oficial da Open House Lisboa 2020 e seguir pela cidade adiante, “passeando ao som da voz de cada convidado”. A variedade de vozes e de áreas de trabalho manifesta no naipe dos convidados exprime o desejo da Trienal de catalisar “experiências sensoriais únicas, permitindo novas vivências e conhecimentos sobre a cidade”.

A presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, justifica o novo formato como uma resposta às condicionantes motivadas pela pandemia, garantindo que este “regresso às ruas lisboetas” se faz sem comprometer a segurança do público”. “O contexto atípico que atravessamos ofereceu-nos a oportunidade de reflectir sobre como podem a cidade e a sua arquitectura ser celebradas, embora de portas fechadas”, diz por sua vez Carolina Vicente, coordenadora do evento e membro da equipa executiva da Trienal.

Através destas experiências sonoras e performativas inéditas, a Open House Lisboa 2020 acredita poder continuar a cumprir a missão primordial do evento: “estreitar o diálogo entre o público, a cidade e a arquitectura”.