Portugal melhora objectivo de erradicação da pobreza
Dados do Eurostat mostram que a tendência no país tem melhorado, mas a um ritmo mais lento do que seria desejado, e que ainda há campos em que a situação é bastante negativa
Portugal tem melhorado o objectivo de erradicação da pobreza, que em 2018 era de 21,6%, segundo dados sobre Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da União Europeia (UE), divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.
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Portugal tem melhorado o objectivo de erradicação da pobreza, que em 2018 era de 21,6%, segundo dados sobre Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da União Europeia (UE), divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.
De acordo com o relatório de 2020 sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, disponibilizados esta segunda-feira pelo gabinete estatístico europeu, e que respeitam a 2018, Portugal está alinhado com a média da UE, com 21,6% da população em risco de pobreza, em 12.º lugar de uma tabela em que a Bulgária (32,8%) lidera e a República Checa (12,2%) tem a melhor prestação.
O indicador piora quando se analisa a capacidade para aquecer a casa no Inverno (em 5.º lugar, com 19,4% da população nestas condições), quando a média da UE é de 7,6%, sendo a Bulgária o país com mais elevada percentagem (33,7%) e a Áustria com a melhor situação (1,6%).
Considerando o risco de pobreza em pessoas com mais de 18 anos empregadas, Portugal ocupa o 8.º lugar (9,7%), ligeiramente pior que a média da UE (9,3%) com a Roménia na pior situação (15,3%) e a Finlândia na melhor (3,1%).
Olhando para as condições de habitação das pessoas em risco de pobreza, Portugal apresenta a segunda maior percentagem de população que vive em casas sem condições (26,9%) atrás de Chipre (30,2%) e acima da média da UE (13,6%), com a Finlândia a mostrar a melhor prestação (4,6%).
O Eurostat mostra, no entanto, que Portugal tem apresentado uma tendência em baixa no indicador do risco de pobreza desde 2013 e 2014, quando atingiu um pico de 27,5% de população em risco de pobreza tendo mantido desde 2015 uma tendência em baixa (em 2017, era de 23,3%, mais 1,7 pontos do que em 2018).
No conjunto dos 27 Estados-membros, o relatório agora divulgado mostra que houve progressos, ainda que a um ritmo mais lento do que o desejado.