Catorze funcionários da Autoridade Tributária ligados ao Aeroporto de Lisboa detidos pela PSP
Os detidos e a restante rede “facilitavam a entrega e chegada de objectos”, que eram retidos e dados como perdidos e não eram reclamados. Os objectos eram posteriormente revendidos ou usados em benefício próprio.
A PSP deteve, esta segunda-feira, 14 funcionários da Autoridade Tributária (AT) ligados ao Aeroporto de Lisboa e constituiu outros 13 arguidos no mesmo processo, por peculato e falsificação de documentos, segundo divulgado em comunicado.
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A PSP deteve, esta segunda-feira, 14 funcionários da Autoridade Tributária (AT) ligados ao Aeroporto de Lisboa e constituiu outros 13 arguidos no mesmo processo, por peculato e falsificação de documentos, segundo divulgado em comunicado.
Segundo a nota da força policial a operação foi levada a cabo durante toda a manhã desta segunda-feira nos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal e nos Açores após aproximadamente um ano de investigação.
O Comandante Operacional da Divisão Criminal de Lisboa, Nuno Pereira, explicou à agência Lusa que estes detidos e a restante rede “facilitavam a entrega e chegada de objectos”, que eram retidos e dados como perdidos e não eram reclamados. Os objectos eram posteriormente revendidos ou usados em benefício próprio.
Graças à investigação a PSP conseguiu realizar “27 buscas domiciliárias e dezenas de outras não domiciliárias” o que resultou em mandatos de detenção de 13 funcionários da AT.
De acordo com o comunicado da PSP, a AT e os respectivos visados colaboraram com as buscas, tendo sido apreendidos: centenas de objectos supostamente desencaminhados do aeroporto, como computadores portáteis, telemóveis, relógios, entre outros; aparelhos electrónicos suspeitos de conter informações relevantes para a investigação; três armas de fogo; e uma pistola de ar comprimido.
Como resultado das buscas, foi detido o décimo quarto funcionário da AT, “em flagrante delito por posse de arma proibida” e foram também constituídos arguidos 13 suspeitos.
Os detidos serão nas próximas 48 horas presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.