De Ferguson, à Palestina e Amadora: o abolicionismo de Angela Davis

Para Angela Davis, o caráter global da violência de Estado sobre corpos negros não pode ser dissociado das origens coloniais do capitalismo avançado, nem do “complexo industrial prisional” globalizado.

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Rui Gaudêncio

Dificilmente o momento poderia ser mais oportuno para a edição em português de A Liberdade é uma Luta Constante: Ferguson, Palestina e as Bases de um Movimento de Angela Davis. Na sua trajectória política e académica constituiu importante património de reflexão sobre a interseccionalidade — entre raça, género e classe, embora “não tanto a interseccionalidade de identidades, mas a interseccionalidade de lutas” (pp. 173) —, de que nos dá conta o incontornável Woman, Race and Class (1981), e sobre o “complexo industrial prisional”.

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