Coberto vegetal autóctone do Pinhal de Leiria replantado com 15 mil árvores

O grupo Freudenberg, a associação ambientalista Zero e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa (FCT-UNL) estabeleceram uma parceria para recuperar cerca de 21 hectares do coberto vegetal autóctone da Mata Nacional de Leiria, afectados pelos incêndios em 2017. No total, já foram plantadas 15 185 árvores e arbustos.

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Adriano Miranda

A Mata Nacional de Leiria, também designada Pinhal de Leiria e Pinhal do Rei, que ocupa uma área de 11.062 hectares e dois terços do concelho da Marinha Grande, ardeu 86% nos incêndios de Outubro de 2017. A espécie arbórea principal ali plantada é o pinheiro bravo, embora coexistam urzes, camarinhas e medronhos.

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A Mata Nacional de Leiria, também designada Pinhal de Leiria e Pinhal do Rei, que ocupa uma área de 11.062 hectares e dois terços do concelho da Marinha Grande, ardeu 86% nos incêndios de Outubro de 2017. A espécie arbórea principal ali plantada é o pinheiro bravo, embora coexistam urzes, camarinhas e medronhos.

Além da Zero, da FCT-UNL e do grupo Freudenberg, que é o maior produtor mundial de não-tecidos, este projecto de arborização conta com a colaboração activa do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que é a entidade que indica as áreas potenciais de intervenção, presta apoio nas acções de voluntariado e no armazenamento de plantas e materiais, entre outros tipos de cooperação.

O PÚBLICO questionou o Instituto liderado por Nuno Banza sobre o balanço da recuperação do coberto vegetal autóctone no Pinhal de Leiria e sobre o que falta concluir. O gabinete de comunicação do ICNF revelou que, “na primeira época (2018/2019) plantaram-se 5.712 árvores/arbustos autóctones em cerca 9,612 hectares na Mata Nacional de Leiria (MNL), sendo os restantes 11,388 hectares intervencionados até Março de 2020”. A plantação teve início a 9 de Fevereiro de 2019 e terminou a 26 de Fevereiro do mesmo ano.

Igualmente questionado pelo PÚBLICO, o presidente da Zero adiantou que as plantações inicialmente programadas já terminaram e que, ao todo, foram plantadas “15 185 árvores e arbustos”.

Francisco Ferreira explicou também que “a taxa de mortalidade relativa ao ano anterior rondou os 30% das plantas colocadas no terreno”, pelo que, “nos anos que se seguem, vamos substituir as árvores mortas e efectuar algum controle da vegetação arbustiva”. Um relatório desta época de plantação será “disponibilizado em Julho”.

A monitorização e avaliação dos resultados das intervenções no âmbito desta parceria são asseguradas pela FCT-UNL e compreendem, nomeadamente, a determinação da taxa de mortalidade das plantas instaladas e a tentativa de identificação das causas da morte.