Papa destaca Aristides de Sousa Mendes como exemplo de liberdade de consciência
O Papa Francisco elogiou o diplomata português, que há 80 anos salvou a vida a milhares de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.
O papa Francisco elogiou o diplomata português Aristides de Sousa Mendes, no final da audiência geral desta quarta-feira, realizada na biblioteca do Palácio Apostólico.
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O papa Francisco elogiou o diplomata português Aristides de Sousa Mendes, no final da audiência geral desta quarta-feira, realizada na biblioteca do Palácio Apostólico.
Depois da saudação em italiano a todos os fiéis, o Papa informou que “decorre hoje a Jornada da Consciência, inspirada no testemunho do diplomata português Aristides de Sousa Mendes, o qual há 80 anos decidiu seguir a voz da consciência e salvou a vida a milhares de judeus e outros perseguidos”.
Recorde-se que Aristides de Sousa Mendes (1885-1954) foi cônsul em Bordéus (França) durante a Segunda Guerra Mundial e, contra as ordens de Salazar, ajudou cerca de 30 mil pessoas a sobreviver, ao emitir vistos a refugiados que fugiam do regime nazi. Salvou assim milhares de vidas, especialmente judeus, em Junho de 1940. Postumamente foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo Presidente da República, pela sua acção em Bordéus.
Nas palavras finais, proferidas na habitual audiência geral que se realiza às quartas-feiras, o Papa apelou ainda para que “possa sempre, em todo o lugar, ser respeitada a liberdade de consciência” e cada cristão possa “dar o exemplo de coerência com uma consciência recta e iluminada pela palavra de Deus”, rogou.
Na audiência geral, foi também celebrada a memória litúrgica do santo Albert Chmielowski, “protector dos pobres” e considerado pelo Papa Francisco um “exemplo para todos nós”. Foi, ainda, recordado o percurso do profeta Moisés, “sempre próximo do povo”.