Quem viajar para o Camboja tem de deixar caução de quase 2700 euros para entrar
Quem quiser entrar no país do Sudeste Asiático terá de levar um atestado médico, seguro de saúde, fazer um teste ao novo coronavírus à chegada e depositar uma caução de 2670 euros para “taxas de serviço covid-19”.
À medida que o turismo começa a desconfinar um pouco por todo o mundo a diferentes velocidades, cada país vai reabrindo fronteiras e impondo diferentes medidas e exigências a quem entra.
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À medida que o turismo começa a desconfinar um pouco por todo o mundo a diferentes velocidades, cada país vai reabrindo fronteiras e impondo diferentes medidas e exigências a quem entra.
No Camboja, localizado no Sudeste Asiático e famoso pelos templos de Angkor Wat, entre outros monumentos e atracções turísticas, foram levantadas as interdições de entrada a viajantes nacionais ou provenientes de Espanha, França, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Irão. Mas o reino exige agora uma caução de 3000 dólares (cerca de 2670 euros) a todos os viajantes que queiram entrar no Camboja, além de outras medidas que visam mitigar possíveis surtos de covid-19 no país.
Segundo os alertas publicados nas páginas dos ministérios dos negócios estrangeiros do Reino Unido e dos Estados Unidos, os viajantes estrangeiros que queiram entrar no país têm de tratar do visto a priori, uma vez que “a política de isenção de visto, o visto à chegada e os vistos electrónicos estão suspensos indefinidamente”, aponta o site do governo britânico. Têm ainda de levar consigo um atestado médico de uma autoridade sanitária competente a indicar que não tem covid-19, emitido até 72 horas antes da data da viagem; assim como um comprovativo de seguro que cubra despesas médicas de, no mínimo, 50 mil dólares (44500 euros).
À chegada ao aeroporto, é então exigido o depósito de uma caução de 3000 dólares (2670 euros) para “taxas de serviço covid-19”, paga em dinheiro ou cartão de crédito, e que deverá ser devolvida no final da viagem, depois de feitas as deduções dos serviços prestados.
Entre os serviços, estão alguns de carácter obrigatório, que serão descontados ao valor entregue: cinco dólares pelo transporte do aeroporto até ao centro de acolhimento (4,5€); 100 dólares pelo teste à covid-19 (89€); 30 dólares por uma noite de alojamento (27€) e outros 30 dólares por três refeições enquanto aguarda o resultado do teste (27€).
A este valor, que ronda os 150€, podem somar-se outras taxas, caso um passageiro do mesmo voo teste positivo para a covid-19. Nesse caso, além do teste ao novo coronavírus, todos os passageiros terão de ficar em quarentena por 14 dias e pagar 84 dólares por dia (75€) pelo alojamento num hotel ou numa “instalação para quarentenas” durante esse período (o valor cobrado inclui “refeições e serviços de lavandaria, limpeza, médicos e de segurança”, enumera o governo britânico).
Caso seja o próprio viajante a testar positivo, terá de pagar 100 dólares por teste, até um máximo de quatro testes à covid-19 (89€) e 225 dólares por dia (200€) pela hospitalização, tratamentos médicos, refeições e serviços de lavandaria e sanitários. Em caso de morte, o serviço de cremação terá uma taxa de 1500 dólares (1340€).
Se o teste der negativo, os viajantes serão “solicitados a colocarem-se em quarentena durante 14 dias em sua própria acomodação”, informa o Governo britânico, deixando o aviso: “Caso não consiga submeter-se a estes requisitos, pense cuidadosamente sobre viajar para o Camboja neste momento”.
Até ao momento, o país regista 128 casos confirmados de covid-19, 125 dos quais recuperados, e nenhuma morte.