Oficial: Lisboa recebe Liga dos Campeões

Quartos-de-final, meias-finais e final serão disputadas entre 12 e 23 de Agosto. Porto e Guimarães são hipóteses para os jogos que ficaram por disputar nos “oitavos”.

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LUSA/HUGO DELGADO

Foi o cenário mais badalado nas últimas semanas e a confirmação chegou nesta quarta-feira, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Comité Executivo da UEFA: Lisboa vai mesmo acolher as eliminatórias em falta na Liga dos Campeões 2019-20. Portugal bateu, assim, outras candidaturas, como a alemã, e em Agosto vai receber os jogos dos quartos-de-final, meias-finais e, obviamente, a final da mais importante prova de clubes do mundo.

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Foi o cenário mais badalado nas últimas semanas e a confirmação chegou nesta quarta-feira, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Comité Executivo da UEFA: Lisboa vai mesmo acolher as eliminatórias em falta na Liga dos Campeões 2019-20. Portugal bateu, assim, outras candidaturas, como a alemã, e em Agosto vai receber os jogos dos quartos-de-final, meias-finais e, obviamente, a final da mais importante prova de clubes do mundo.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira por Giorgio Marchetti, director de competições da UEFA, em conferência de imprensa. Todos os jogos a partir dos quartos-de-final, com as eliminatórias de um jogo, serão em Lisboa, na Luz e em Alvalade, entre 12 e 23 de Agosto. A final será na Luz, a segunda vez que o estádio do Benfica recebe a decisão da Champions, depois da final de 2014, em que o Real Madrid triunfou sobre o Atlético.

Os jogos que restam dos oitavos-de-final serão a 7 e 8 de Agosto e podem ser nos estádios das equipas que jogam em casa, ou, em alternativa, no Porto e em Guimarães. A decisão sobre estes dois jogos será tomada até 10 de Julho, data do sorteio dos quartos-de-final. Ficaram por disputar quarto jogos dos “oitavos": Manchester City-Real Madrid, Bayern Munique-Chelsea, Juventus-Lyon e Nápoles-Barcelona.

Os jogos serão à porta fechada, mas a UEFA admite que vai fazer avaliações regulares sobre o que se passa nos campeonatos europeus e estar em contacto com as autoridades dos diversos países para perceber se os espectadores podem regressar aos estádios de forma gradual.

Para Aleksander Ceferin, o regresso dos adeptos aos estádios é, para já, um cenário pouco provável. "Se tivesse de dar uma resposta hoje, diria que não teremos possibilidade de ter adeptos. Mas há um mês nem sabia dizer se teríamos de terminar as competições. Ainda não decidimos relativamente aos espectadores, pois vamos analisar no início de Julho. Seria incompetência, da nossa parte, decidir antecipadamente. Vamos decidir até meio de Julho, seguramente”, referiu o presidente da UEFA

Com a final de 2020 a ser em Lisboa, todas as cidades que já estavam designadas para receber o evento vão fazê-lo com um ano de diferença. Istambul irá receber a final em 2021, São Petersburgo em 2022, Munique em 2023 e Wembley em 2024.

Após o anúncio, Ceferin garantiu que não está pensada nenhuma alternativa à capital portuguesa para receber os jogos da Champions. “Estamos em contacto com a federação portuguesa e eles estão em contacto com as autoridades portuguesas. Para já está tudo bem, não há razão para haver um plano B”, declarou o presidente da UEFA.

Sobre as razões para a escolha de Lisboa, o presidente da UEFA não se alongou muito, apenas dizendo que foi a FPF a oferecer ajuda para o que fosse preciso. “A federação portuguesa foi a primeira a dizer que, se nós precisássemos de ajuda, eles estavam disponíveis e que podiam organizar facilmente uma competição- Não houve uma luta entre Portugal, Alemanha e Espanha. Decidimos que a Champions ia para Lisboa, a Liga Europa para a Alemanha, a a Champions feminina para Espanha”, declarou o esloveno.

Já no que diz respeito à Liga Europa, a final a 8 será na Alemanha, com os jogos a serem distribuídos por várias cidades na mesma zona geográfica - Colónia, Duisburgo, Dusseldorf e Gelsenkirchen.

Os trunfos que fizeram de Lisboa, praticamente desde a primeira hora, uma das mais sérias candidatas a anfitriã desta recta final da Champions são bem conhecidos: o impacto moderado da pandemia de covid-19 no país, a qualidade das infra-estruturas disponíveis (desde os estádios, remodelados para o Euro 2004, às unidades hoteleiras, passando pela proximidade do aeroporto), a reconhecida competência na organização de eventos desportivos e a ausência de equipas portuguesas em competição.

Tudo isto concorreu para que este se tornasse num segredo relativamente mal guardado, especialmente depois de o Presidente da República ter levantado a ponta do véu: “Vamos esperar para ver se aquilo que será condensado se consegue. Ainda há a final da Taça para marcar, a ver se se consegue ir ao encontro de muitos apreciadores de futebol. E depois eu tenho uma vaga sensação de que ainda poderemos ter, em Agosto, uma boa notícia em termos de futebol internacional em Portugal”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no início do mês.

Do ponto de vista sanitário, a candidatura portuguesa também beneficiou de um impulso importante, por parte da Direcção-Geral da Saúde (DGS). “A DGS considera que, fruto do trabalho que tem sido desenvolvido com a FPF e a Liga [de clubes] e da experiência do desenrolar da principal competição de futebol nacional, se encontram reunidas todas as condições para o acolhimento do referido evento em Portugal”, sublinhou o organismo, em comunicado, assegurando a disponibilidade para manter a “articulação entre as entidades promotoras deste evento e as autoridades de saúde”.