Estrada na duna da Fonte da Telha é um alerta para o futuro do litoral
Associação Zero está a investigar obras de pavimentação em zona de duna primária na Fonte da Telha e pondera apresentar queixa à Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Zero acusa ainda o Governo de ter dado carta-branca às câmaras municipais para obras sem necessitar de parecer prévio da Agência Portuguesa do Ambiente.
Entre a casa de Abel Pereira, 67 anos, e a praia, na Fonte da Telha, há por estes dias um rebuliço de máquinas e um cheiro a alcatrão. A casa de férias que herdou dos sogros há mais de 40 anos situa-se no início da estrada que a Câmara Municipal de Almada começou a pavimentar há uma semana, no âmbito de uma intervenção de requalificação daquela zona. Tal como muitos moradores e concessionários de bares e restaurantes de praia, diz ao PÚBLICO que as obras já deveriam ter chegado há mais tempo. Opinião diferente tem a Associação Zero, a primeira a alertar para os riscos ambientais e ecológicos da obra de pavimentação e que agora vai mais longe: “A nossa intenção é investigar para ver até que ponto há ou não razões para uma queixa à Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT)”, avançou ao PÚBLICO Francisco Ferreira, presidente da Zero.
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Entre a casa de Abel Pereira, 67 anos, e a praia, na Fonte da Telha, há por estes dias um rebuliço de máquinas e um cheiro a alcatrão. A casa de férias que herdou dos sogros há mais de 40 anos situa-se no início da estrada que a Câmara Municipal de Almada começou a pavimentar há uma semana, no âmbito de uma intervenção de requalificação daquela zona. Tal como muitos moradores e concessionários de bares e restaurantes de praia, diz ao PÚBLICO que as obras já deveriam ter chegado há mais tempo. Opinião diferente tem a Associação Zero, a primeira a alertar para os riscos ambientais e ecológicos da obra de pavimentação e que agora vai mais longe: “A nossa intenção é investigar para ver até que ponto há ou não razões para uma queixa à Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT)”, avançou ao PÚBLICO Francisco Ferreira, presidente da Zero.