Casa da Música: a tempestade anunciada que ninguém viu chegar
Há um mês e meio que a gestão da Casa da Música é fustigada em manifestações de rua e nas redes sociais perante o persistente silêncio da administração, que esta terça-feira é ouvida no Parlamento. Anos de cortes constantes e uma anémica política de recursos humanos criaram o cenário para que o impacto da pandemia desencadeasse um movimento de protesto cuja crescente agressividade ninguém soube prever.
No dia 28 de Abril, com o país ainda em pleno estado de emergência, tornou-se público que havia um conflito laboral em curso na Casa da Música (CdM). O antecedente próximo era um abaixo-assinado subscrito por 92 trabalhadores e que fora enviado dez dias antes ao director-geral da instituição, Paulo Sarmento e Cunha, apelando a que fosse revertida a decisão de deixar sem qualquer apoio um vasto número de profissionais com vínculo precário que ficaram sem trabalho nos meses em que a Casa esteve encerrada.
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No dia 28 de Abril, com o país ainda em pleno estado de emergência, tornou-se público que havia um conflito laboral em curso na Casa da Música (CdM). O antecedente próximo era um abaixo-assinado subscrito por 92 trabalhadores e que fora enviado dez dias antes ao director-geral da instituição, Paulo Sarmento e Cunha, apelando a que fosse revertida a decisão de deixar sem qualquer apoio um vasto número de profissionais com vínculo precário que ficaram sem trabalho nos meses em que a Casa esteve encerrada.