Nova equipa das Finanças toma posse na segunda-feira em “cerimónia restrita”
Esta é a primeira remodelação do XXII Governo, o segundo chefiado por António Costa.
Os novos secretários de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim; das Finanças, João Nuno Mendes, e do Tesouro, Miguel Cruz, tomarão posse na segunda-feira, juntamente com o novo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, numa “cerimónia restrita”.
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Os novos secretários de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim; das Finanças, João Nuno Mendes, e do Tesouro, Miguel Cruz, tomarão posse na segunda-feira, juntamente com o novo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, numa “cerimónia restrita”.
De acordo com uma nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, irá dar posse aos governantes pelas 10h, no Palácio de Belém, em Lisboa, “numa cerimónia restrita e sem outros convidados, dadas as actuais regras de saúde pública”.
Esta é a primeira remodelação do XXII Governo, o segundo chefiado por António Costa, e foi desencadeada pela saída de Mário Centeno do cargo de ministro de Estado e das Finanças, a seu pedido, anunciada na terça-feira.
Em simultâneo com a saída de Mário Centeno foi anunciada a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento, e a respectiva tomada de posse ficou agendada para a próxima segunda-feira.
Nesta recomposição, que não altera a dimensão do Governo, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, é promovido a Adjunto do novo ministro, e também tomará posse desse novo cargo.
Além de Centeno, saem Ricardo Mourinho Félix, o seu secretário de Estado Adjunto e das Finanças, e Álvaro Novo, secretário de Estado do Tesouro, que serão exonerados pelo Presidente da República na mesma cerimónia.
Mário Centeno, economista e quadro do Banco de Portugal, começou a trabalhar com o secretário-geral do PS, António Costa, ainda quando os socialistas estavam na oposição, e integrou o anterior Governo, entre 2015 e 2019, como ministro das Finanças. A sua permanência no actual executivo era questionada desde a campanha eleitoral.
Em entrevista à RTP, na quinta-feira, Mário Centeno explicou que escolheu sair do Governo no “fim de um ciclo” na presidência do Eurogrupo - cargo que exercia desde Janeiro de 2018 e ao qual optou, assim, por não se recandidatar - e rejeitou que houvesse uma “deterioração” da sua relação com o primeiro-ministro, António Costa.
Quanto ao seu futuro, questionado se o lugar de governador do Banco de Portugal é apetecível para si, Centeno respondeu que “é um cargo que é muito importante para o país” e que “qualquer economista pode gostar de desempenhar”.
No dia em que anunciou esta mudança ministerial, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que Mário Centeno foi “um grande ministro das Finanças” e que a sua gestão das contas públicas nos últimos anos “fica para a história”.