Volta o futebol em Itália, voltam os festejos da Juventus

Cristiano Ronaldo falhou um penálti, mas isso não impediu a Juventus de se apurar para a final da Taça da Itália.

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A Juventus vai jogar a final da Taça de Itália, no dia 17 de Junho. A equipa de Cristiano Ronaldo, que há oito anos domina o futebol italiano, empatou (0-0) com o AC Milan, nesta sexta-feira, na segunda mão da meia-final, aproveitando o empate a um golo que trouxe do primeiro jogo - golo de Ronaldo, na altura. A Juventus fica, agora, à espera do desfecho da eliminatória entre Nápoles e Inter Milão, que jogam, neste sábado, o segundo jogo de regresso do futebol a Itália, após a paragem devido à pandemia de covid-19.

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A Juventus vai jogar a final da Taça de Itália, no dia 17 de Junho. A equipa de Cristiano Ronaldo, que há oito anos domina o futebol italiano, empatou (0-0) com o AC Milan, nesta sexta-feira, na segunda mão da meia-final, aproveitando o empate a um golo que trouxe do primeiro jogo - golo de Ronaldo, na altura. A Juventus fica, agora, à espera do desfecho da eliminatória entre Nápoles e Inter Milão, que jogam, neste sábado, o segundo jogo de regresso do futebol a Itália, após a paragem devido à pandemia de covid-19.

Nesta sexta-feira, em Turim, a última imagem televisiva antes do apito inicial foi de Cristiano Ronaldo a sorrir e a piscar o olho. Descontraído antes do apito, descontraído depois dele. O jogador português surgiu em campo mais solto e dado ao jogo do que tem sido habitual nesta temporada, procurando jogar em apoio frontal, pedir a bola entre linhas e cair nas alas – sobretudo na direita, algo também incomum no avançado madeirense.

Apesar de Maurizio Sarri ter dito, antes deste jogo, que “não é fácil fazer coexistir dois futebolistas atípicos como Ronaldo e Dybala”, o técnico italiano voltou a tentar. E, em matéria ofensiva, pelo menos na primeira parte, a experiência não correu mal.

O português e o argentino fizeram várias combinações e o que faltou à Juve não foi tanto o entrosamento ente ambos, mas sim a capacidade de criar boas situações de finalização para os dois avançados.

Ronaldo esteve muito rematador, mas quase sempre em más condições. Excepto aos 15 minutos. Aí, as condições eram as ideais, quando o árbitro, com recurso ao VAR, deu a Ronaldo a possibilidade de bater um penálti. Frente a Donnarumma, o português rematou rasteiro e acertou no poste.

No seguimento da jogada, Rebic tentava sair em contra-ataque para o Milan, mas, na disputa da bola, cravou os pitons no ex-FC Porto Danilo. Foi expulso e, se o Milan já pouco atacava, menos atacou a partir de então.

O jogo ficou ainda mais desnivelado e houve perigo criado por Douglas Costa, aos 26’ – depois de uma boa jogada colectiva – Ronaldo, aos 28’ – em zona favorável, mas sem espaço para armar bem o remate – e Matuidi, aos 31’ – em zona de “golo obrigatório”, após cruzamento de Danilo. Nenhum teve sucesso. E Ronaldo ainda tentou mais um par de vezes, mas sem criar perigo real – apesar de estar muito em jogo e de ter somado um par de bons pormenores técnicos não foi, globalmente, uma boa exibição do português.

O problema, para o Milan, é que, com dez jogadores – e cansados – pouco havia a fazer, mesmo com as substituições na segunda parte (Rafael Leão foi um dos que entrou). Para quem assistiu ao jogo também houve um problema: é que o 0-0 apurava a Juventus, depois do empate (1-1) na primeira mão. E, com a Juve confortável, não havia como pedir à equipa de Sarri que “puxasse pelo jogo”.

A partida caminhou, desta forma, para o final. Sem lances de perigo numa segunda parte praticamente sem acção e com a fadiga a tomar conta dos corpos de jogadores que não actuavam há cerca de três meses. Não foi um jogo brilhante, mas foi o jogo possível, nesta fase.