Portugal ainda é o terceiro país mais pacífico do mundo
Portugal ocupa o primeiro lugar entre os países da União Europeia. Relatório do Instituto para Economia e Paz verificou uma deterioração do nível global de paz pela 9.ª vez em 12 anos.
Portugal é o terceiro país mais pacífico do mundo, de acordo com o Índice Global de Paz (GPI, sigla inglesa), ocupando o primeiro lugar entre os países da União Europeia. O ranking é liderado pela Islândia, detentora do primeiro lugar desde 2008, seguida da Nova Zelândia.
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Portugal é o terceiro país mais pacífico do mundo, de acordo com o Índice Global de Paz (GPI, sigla inglesa), ocupando o primeiro lugar entre os países da União Europeia. O ranking é liderado pela Islândia, detentora do primeiro lugar desde 2008, seguida da Nova Zelândia.
O país mantém assim a classificação de 2019, bem como a mesma pontuação (1.247 pontos), num ano em que foi verificada uma deterioração do nível global de paz, de acordo com o 14.º relatório anual do GPI, publicado esta quarta-feira, 10 de Junho, pelo Instituto para Economia e Paz, sediado em Sydney, na Austrália.
O Ministério da Administração Interna manifestou-se satisfeito com a manutenção do terceiro lugar de Portugal no GPI. Em 2014, o país ocupava a 18.ª posição. “Os passos significativos que Portugal tem dado nos últimos anos em matéria de segurança têm permitido a redução da criminalidade e, consequentemente, a subida gradual e consolidada neste ranking”, pode ler-se numa nota enviada às redacções.
O estudo, realizado pela Economist Intelligence Unit, atribui uma pontuação a cada país em função de conflitos internos e externos, segurança e militarização, aferidas por 23 indicadores. O relatório, que classifica 163 estados e territórios independentes e cobre 99,7% da população mundial, indica que houve melhorias em oito parâmetros, registou-se uma deterioração em 12 e três não tiveram alterações no último ano.
“Os conflitos e crises que surgiram na última década começaram a desaparecer, apenas para serem substituídos por uma nova onda de tensão e incerteza, resultado da pandemia de covid-19”, justifica o relatório, realçando que o “nível global de paz se deteriorou 2,5% desde 2008”.
Para isto contribuiu “o aumento da actividade terrorista, a intensificação de conflitos no Médio Oriente, o aumento das tensões regionais na Europa de Leste e no Nordeste Asiático e um número crescente de refugiados e aumento das tensões políticas na Europa e nos Estados Unidos”.
No último lugar da lista, em 163.º, volta a estar o Afeganistão. Os restantes países dos cinco últimos lugares do ranking continuam a ser o Iémen, o Sudão do Sul, o Iraque e a Síria.
A Europa tem 13 dos 20 países mais pacíficos do mundo e apenas dois na segunda metade da tabela: o Kosovo, em 84.º, e a Turquia, em 150.º. No extremo oposto estão as regiões do Médio Oriente e do Norte de África, lugar de três dos cinco países menos seguros (Iraque, Síria e Iémen). No entanto, o GPI realça que 11 dos 20 países da região apresentaram melhorias na segurança.
O instituto registou um “aumento acentuado” nos episódios de agitação social na última década, com 96 países a registarem pelo menos uma manifestação violenta em 2019. De 2011 a 2018, a Europa foi a região com maior número de protestos, motins e greves, com cerca de 1600 eventos. Destes, 65% foram pacíficos. O estudo avisa ser provável que se assista a um aumento da agitação neste continente, à medida que se começarem a sentir os efeitos da recessão provocada pela pandemia.