A forma mais benevolente que se pode usar para descrever o desconfinamento (des)organizado pelo Governo é ‘bipolar’. Manifestações com milhares de pessoas sem distância entre si (sim, de uma causa justíssima e foi bonito ver adesão tão numerosa) – muito bem. Praias? Regras estranhíssimas, até os nadadores salvadores devem salvar aqueles que estão em perigo no mar permanecendo na areia. Transportes públicos cheios – igualmente maravilha. Concertos e espetáculos em locais interiores com audiência composta? Claro. Concertos ao ar livre? Nem pensar. Festa do Avante? Palmas para a participação política, que não está suspensa. Bares e discotecas, mesmo os que têm zonas exteriores? Fechados sem data para abertura. Centros comerciais em Lisboa com entradas controladas? Saiu a custo. Aviões? Lotação máxima está muito bem e é segura.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A forma mais benevolente que se pode usar para descrever o desconfinamento (des)organizado pelo Governo é ‘bipolar’. Manifestações com milhares de pessoas sem distância entre si (sim, de uma causa justíssima e foi bonito ver adesão tão numerosa) – muito bem. Praias? Regras estranhíssimas, até os nadadores salvadores devem salvar aqueles que estão em perigo no mar permanecendo na areia. Transportes públicos cheios – igualmente maravilha. Concertos e espetáculos em locais interiores com audiência composta? Claro. Concertos ao ar livre? Nem pensar. Festa do Avante? Palmas para a participação política, que não está suspensa. Bares e discotecas, mesmo os que têm zonas exteriores? Fechados sem data para abertura. Centros comerciais em Lisboa com entradas controladas? Saiu a custo. Aviões? Lotação máxima está muito bem e é segura.