Covid-19. Vendas nas lojas dos centros comerciais com quebras até 70%

Estudo da Associação de Marcas de Retalho e Restauração mostra que na primeira semana de abertura dos centros comerciais (excluindo em Lisboa), as lojas registaram quebras nas vendas entre 25% e 70%.

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Mar Shopping Matosinhos Paulo Pimenta

As vendas nas lojas dos centros comerciais, excluindo Lisboa, registaram quebras entre 25% e 70% entre 1 e 7 de Junho, a primeira semana após a reabertura, segundo um estudo da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR).

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As vendas nas lojas dos centros comerciais, excluindo Lisboa, registaram quebras entre 25% e 70% entre 1 e 7 de Junho, a primeira semana após a reabertura, segundo um estudo da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR).

O observatório das vendas na primeira semana de abertura dos centros comerciais no país, apresentado esta terça-feira, demonstrou “uma quebra média de vendas das lojas na ordem dos 39% face ao mesmo período do ano passado”, indicou, em comunicado, a associação.

Porém, mais de 13% dos lojistas reportaram quebras superiores a 70% e quase um quarto dos lojistas entre 50% e 70%. “O maior número de lojistas obteve uma quebra entre os 25% e os 50%”, lê-se no documento.

Por sua vez, mais de 18% das lojas de rua totalizaram descidas superiores a 70%, sendo que quase metade dos lojistas notou um retrocesso entre 25% e 50%. Neste segmento, a média da quebra de vendas foi de 37,2%.

“Apesar do enorme esforço dos lojistas em estarem abertos com acções diversas e promoções à custa das suas margens de venda, podemos verificar que, ainda assim, estão com níveis de vendas muito reduzidos. A tendência nas próximas semanas é que esta situação seja agudizada, deixando muitos lojistas numa dura situação, pelo menos, até Setembro”, apontou, citado no mesmo documento, o presidente da AMRR.

Miguel Pina Martins considerou ainda ser urgente legislar “a questão das rendas, pois a partir de Julho termina a moratória para os lojistas que, com este cenário, não terão liquidez para fazer face aos custos”.

Para este responsável, em causa está “uma tempestade dramática”, que corresponderá ainda ao fim do lay-off (redução do horário de trabalho ou suspensão dos contratos), bem como ao pagamento das rendas na totalidade.

Para a realização deste estudo, a associação recolheu dados em mais de 2040 lojas, o equivalente a cerca de 80% dos seus associados. A amostra não inclui os centros comerciais de Lisboa, que vão continuar encerrados até à próxima segunda-feira.

A AMRR conta com mais de 120 marcas associadas, que detêm mais de duas mil lojas e empregam directamente 125 mil pessoas e indirectamente 250 mil.

Portugal regista esta terça-feira 1492 mortes relacionadas com a covid-19, mais sete do que na segunda-feira, e 35.306 infectados, mais 421, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde.