O último dia de Mário Centeno
Um ministro das Finanças popular já de si é uma raridade. Um Governo a fazer uma remodelação pouco mais de seis meses depois de tomar posse, prescindindo do seu ministro mais popular, também não é comum. A saída de Mário Centeno ficará para a história pela sua originalidade.
Mário Centeno foi muitas coisas ao mesmo tempo. O primeiro ministro das Finanças português a presidir ao Eurogrupo, o primeiro em democracia a fechar um ano – o de 2019 – com saldo positivo, o primeiro a orçamentar um ano – 2020 – com saldo igualmente positivo. Tudo leva a crer que tinha em mente uma saída em grande, a meio de um ano de 2020 a correr de feição. Uma inesperada zoonose que viajou do Oriente estragou-lhe os planos e Centeno sai agora do Governo com a pior contração económica desde que há registo e o défice a disparar.
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Mário Centeno foi muitas coisas ao mesmo tempo. O primeiro ministro das Finanças português a presidir ao Eurogrupo, o primeiro em democracia a fechar um ano – o de 2019 – com saldo positivo, o primeiro a orçamentar um ano – 2020 – com saldo igualmente positivo. Tudo leva a crer que tinha em mente uma saída em grande, a meio de um ano de 2020 a correr de feição. Uma inesperada zoonose que viajou do Oriente estragou-lhe os planos e Centeno sai agora do Governo com a pior contração económica desde que há registo e o défice a disparar.