Centeno: um excedente que nasceu do medo e inspirou elogios
Foi na condução da política orçamental, cumprindo as metas definidas contra as expectativas iniciais de Bruxelas e dos mercados, que Mário Centeno conquistou um lugar na história económica portuguesa, ao registar um excedente orçamental de 0,2% em 2019.
Visto, durante o primeiro ano e meio do seu mandato, com grande desconfiança por mercados, autoridades europeias e partidos à direita do Governo por dizer que queria pôr um ponto final no capítulo da austeridade, Mário Centeno acabou, passados 1664 dias à frente das Finanças, por sair depois de ter registado um excedente orçamental inédito, com as taxas de juro perto de zero e com os elogios de Bruxelas e das agências de rating pela forma como conduziu a política orçamental. As críticas, internas, são agora ironicamente por ter não ter afinal acabado com a austeridade, feita por via de cativações, cortes no investimento e carga fiscal pesada, dizem os partidos à direita e à esquerda do Governo.
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Visto, durante o primeiro ano e meio do seu mandato, com grande desconfiança por mercados, autoridades europeias e partidos à direita do Governo por dizer que queria pôr um ponto final no capítulo da austeridade, Mário Centeno acabou, passados 1664 dias à frente das Finanças, por sair depois de ter registado um excedente orçamental inédito, com as taxas de juro perto de zero e com os elogios de Bruxelas e das agências de rating pela forma como conduziu a política orçamental. As críticas, internas, são agora ironicamente por ter não ter afinal acabado com a austeridade, feita por via de cativações, cortes no investimento e carga fiscal pesada, dizem os partidos à direita e à esquerda do Governo.