Galerias Lafayette nos Campos Elísios lutam para se manterem abertas
Com pouco mais de um ano, as Galerias Lafayette reabriram a 11 de Maio com menos 20% do movimento habitual. Nicolas Houze, CEO da empresa, estima que o impacto da crise causada pela covid-19 vai ser de cerca de mil milhões de euros.
A nova loja das Galerias Lafayette, nos Campos Elísios, em Paris, está em dificuldades, pois as pessoas mantêm-se longe da famosa avenida parisiense devido à covid-19, revela o CEO do grupo que vai sofrer um impacto de cerca de mil milhões de euros, avança Nicolas Houze.
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A nova loja das Galerias Lafayette, nos Campos Elísios, em Paris, está em dificuldades, pois as pessoas mantêm-se longe da famosa avenida parisiense devido à covid-19, revela o CEO do grupo que vai sofrer um impacto de cerca de mil milhões de euros, avança Nicolas Houze.
Foi em Março do ano passado que o grupo francês de retalho de luxo abriu a loja, com cerca de um décimo do tamanho da que tem na avenida Haussmann, como uma espécie de laboratório para testar novas técnicas de vendas e marcas de moda. Mas com as fronteiras fechadas a turistas e com os consumidores franceses a serem cautelosos, a rua comercial mais famosa de França é uma mera sombra do seu antigo “eu” após o fim do confinamento nacional, a 11 de Maio.
“É muito difícil. Reabrimos a loja dos Campos Elísios a 11 de Maio, mas temos de enfrentar o facto de que muitos clientes desapareceram”, confessa Nicolas Houze, CEO das Galerias Lafayette, na rádio BFM Business, acrescentando que desde a reabertura das lojas, o movimento diminuiu cerca de 20% comparado com o movimento habitual e o horário de funcionamento foi reduzido, por enquanto. Ainda acrescentou que a crise vai ter impacto nos números do grupo em mil milhões de euros ou mais.
“Clientes internacionais podem faltar até ao final do ano ou até depois disso, o que vai pesar muito, pois mais de metade das receitas da loja Haussmann é de gastos de clientes estrangeiros”, continua o CEO. Houze lembra que a empresa familiar, dona de 61 lojas em França e no estrangeiro, estava em negociações com bancos e com o Ministério das Finanças sobre um empréstimo garantido pelo Estado de 300 milhões de euros.
Muitas das principais marcas que têm lojas nos Campos Elísios, incluindo a da Apple, ainda não reabriram e muito hotéis e cinemas continuam fechados. “Há pouco movimento e assim é difícil obter receitas. Mas estamos convencidos que as Galerias Lafayette têm um lugar nos Campos Elísios”, defende o CEO.