“Com a pandemia, Costa passou a ser mais amado do que o rei D. Marcelo I”
Poderoso ou perigoso? Ou ambos? De onde vem o poder de António Costa sobre o país? Da submissão dócil do PS, das instituições, das oposições, da sociedade, dos media? O retrato não era fácil, José Miguel Júdice, fino analista político, aceitou a encomenda. Intelectual sólido, homem civilizado, comentador desassombrado, Júdice faz uma visita guiada ao “costismo”.
Terá sido intuição, reflexão, premonição, informação? A verdade é que naquela noite de 4 de Outubro de 2015, dois dias antes das eleições legislativas, ouvi José Miguel Júdice, sentado comigo nos estúdios da SIC Notícias num debate em que ambos participávamos, desenrolar um cenário político nunca visto desde 1974 e antever uma peça governamental jamais ousada ser representada. Ambos, cenário e peça, se concretizaram dias depois, sob o olhar estarrecido de grande parte da plateia: então quem ganhara não fora Pedro Passos Coelho?