1. Na quinta-feira passada, Christine Lagarde anunciou que o Banco Central Europeu vai injectar mais 600 mil milhões de euros no seu programa de compra de dívida dos países da zona euro, perfazendo um valor total de 1350 mil milhões desde o início da pandemia. O mínimo que se pode dizer é que Mario Draghi tem uma herdeira à altura na francesa que já liderou o FMI e que foi escolhida no final do ano passado para presidir ao BCE. No dia seguinte, a chanceler Angela Merkel anunciou um pacote de estímulos à recuperação da economia alemã da ordem dos 130 mil milhões de euros – 4% do PIB alemão -, que se somam aos 353 mil milhões de ajuda de emergência de quando a pandemia parou a economia, mais 820 mil milhões de empréstimos garantidos. Cerca de 10% da riqueza da maior economia da zona euro, que prevê para este ano uma contracção de 6 a 7 por cento. Factor curioso: o BCE recarregou a sua “bazuca” na semana passada, como se o Tribunal Constitucional alemão não tivesse emitido um parecer a pôr em causa a legitimidade da primeira carga, dando a Frankfurt três meses para justificar a “proporcionalidade” do seu programa de compra de activos.
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1. Na quinta-feira passada, Christine Lagarde anunciou que o Banco Central Europeu vai injectar mais 600 mil milhões de euros no seu programa de compra de dívida dos países da zona euro, perfazendo um valor total de 1350 mil milhões desde o início da pandemia. O mínimo que se pode dizer é que Mario Draghi tem uma herdeira à altura na francesa que já liderou o FMI e que foi escolhida no final do ano passado para presidir ao BCE. No dia seguinte, a chanceler Angela Merkel anunciou um pacote de estímulos à recuperação da economia alemã da ordem dos 130 mil milhões de euros – 4% do PIB alemão -, que se somam aos 353 mil milhões de ajuda de emergência de quando a pandemia parou a economia, mais 820 mil milhões de empréstimos garantidos. Cerca de 10% da riqueza da maior economia da zona euro, que prevê para este ano uma contracção de 6 a 7 por cento. Factor curioso: o BCE recarregou a sua “bazuca” na semana passada, como se o Tribunal Constitucional alemão não tivesse emitido um parecer a pôr em causa a legitimidade da primeira carga, dando a Frankfurt três meses para justificar a “proporcionalidade” do seu programa de compra de activos.