Manifestações anti-racistas em Londres terminam com distúrbios
Manifestantes “não têm o direito de atacar a polícia”, disse Boris Johnson.
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas este domingo em Londres, reunindo-se pelo segundo dia consecutivo para condenar a brutalidade policial após o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, com algumas a usar máscaras faciais com o slogan "o racismo é um vírus”.
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Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas este domingo em Londres, reunindo-se pelo segundo dia consecutivo para condenar a brutalidade policial após o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, com algumas a usar máscaras faciais com o slogan "o racismo é um vírus”.
Este sábado já milhares de pessoas se tinham reunido no centro de Londres numa manifestação pacífica, mas que terminou com um pequeno número de confrontos.
A chefe da polícia de Londres, Cressida Dick, disse que 27 agentes tinham sido feridos em agressões durante os protestos anti-racistas no centro de Londres esta semana, 14 dos quais no sábado. Dois agentes ficaram feridos com gravidade e outro que caiu de um cavalo acabou por ter de ser operado. Cressida Dick acrescentou ainda que 29 pessoas foram presas no sábado por diversos crimes, incluindo desordens violentas.
As autoridades pediram aos manifestantes para não se reunirem novamente em Londres este domingo, alertando para o elevado risco de contágio de covid-19. Porém, os manifestantes voltaram e reuniram-se perto da Embaixada dos EUA. Os jornalistas no local estimaram que a multidão se encontrava nas dezenas de milhares.
O protesto de domingo em Londres foi na sua maioria pacífico, mas à medida que as pessoas dispersavam um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, depois de um homem ter sido preso. Atiraram garrafas e foguetes e entoaram o slogan "black lives matter” enquanto tentavam passar por uma linha de polícia de choque.
Os distúrbios não foram apenas na capital. Também em Bristol, no Oeste de Inglaterra, manifestantes derrubaram uma estátua de Edward Colston, comerciante de escravos do século XVII.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já reagiu à situação no Twitter: “As pessoas têm o direito de protestar pacificamente e enquanto mantêm o distanciamento social, mas não têm o direito de atacar a polícia. Estas manifestações têm sido subvertidas por brutos — e são uma traição à causa que pretendem servir. Os responsáveis serão chamados à responsabilidade”.