Covid-19: um manual para ajudar os ginásios a transmitir segurança aos clientes
Lançado pela All United Sports, uma empresa portuguesa de consultoria na área do fitness, o documento pretende ser “Guia prático para a reabertura dos Ginásios pós covid-19”.
O início de Junho marcou a data em que os ginásios de todo o país podem abrir portas. Se, por um lado, os proprietários podem contar com as directrizes da Direcção-Geral da Saúde (DGS) relativamente à segurança e higiene, por outro, a All United Sports quer ajudar no que toca à gestão e comunicação dos clubes em tempos difíceis. Para isso, lançou um manual gratuito que, ao longo de 30 páginas, pretende ser um “Guia prático para a reabertura dos Ginásios pós covid-19”.
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O início de Junho marcou a data em que os ginásios de todo o país podem abrir portas. Se, por um lado, os proprietários podem contar com as directrizes da Direcção-Geral da Saúde (DGS) relativamente à segurança e higiene, por outro, a All United Sports quer ajudar no que toca à gestão e comunicação dos clubes em tempos difíceis. Para isso, lançou um manual gratuito que, ao longo de 30 páginas, pretende ser um “Guia prático para a reabertura dos Ginásios pós covid-19”.
A empresa portuguesa, fundada em 2014, fornece serviços de consultoria dentro da área desportiva e do fitness, com clientes espalhados pelo mundo. O documento resulta não só da experiência e conhecimento dos seus profissionais, mas também das reacções recolhidas junto dos parceiros internacionais, revela ao PÚBLICO Mário Santos, um dos fundadores.
“Como temos clientes que já reabriram muito mais cedo do que em Portugal, como os da Ásia, por exemplo, ou de países em que foram aplicadas medidas mais concertadas e antecipadas do que no nosso, conseguimos avaliar que medidas funcionaram melhor ou pior em termos de gestão, mas também relativamente a vendas e como comunicar nesta fase”, explica o managing director da empresa de consultoria.
O objectivo da distribuição gratuita deste guia passa por “tentar ajudar todos os players do mercado”, sejam ou não clientes da All United Sports, num sector que reporta quebras de facturação de mais de 75%, segundo um inquérito da Associação de Ginásios e Academias de Portugal.
Em termos de gestão financeira, sublinha Mário Santos, é necessário “controlar os custos e perceber aquilo que é fundamental, de forma a conseguir minimizar os impactos da quebra nas receitas”, sobretudo numa altura em que os ginásios têm gastos acrescidos relacionados com as medidas de higiene. Contudo, reforça que “o ginásio tem de manter a qualidade do seu serviço” e que a solução nunca deve passar pela redução nos recursos humanos, pois estes são “fundamentais”.
Por esta altura, a comunicação ganha uma faceta desafiante, mas essencial. O co-fundador da empresa cita a ministra da Saúde, Marta Temido, quando afirmou que “o vírus não é o maior inimigo que enfrentamos. O maior inimigo que enfrentamos é o medo”. “É exactamente isso que pretendemos combater com a comunicação de vendas”, explica. Assim, “a lógica passa por conseguir comunicar as medidas que foram implementadas em linha com as indicações da DGS e conseguir lembrar aos clientes que vir treinar é seguro”, relembrando também a importância da actividade física para a sua saúde.
Já nas questões relativas à segurança e combate à transmissão do vírus, o manual remete para as indicações fornecidas pela DGS e que o profissional de gestão diz serem “99,9% iguais às de outros países”.
Reabertura em época baixa para os ginásios
Embora as portas já possam estar abertas, “existe muita ansiedade, preocupação e dúvidas” num sector que ainda faz contas ao prejuízo. “Só no final de Junho é que vamos perceber quais os ginásios que não vão sequer reabrir”, afirma Mário Silva, enquanto explica que agora ainda há estabelecimentos que estão em processo de contactar os clientes e perceber se faz sentido abrir.
Outro dos problemas é que a reabertura calha na época baixa para os ginásios. O director da All Sports United confessa a possibilidade de certos espaços reabrirem por agora, mas não conseguirem aguentar “os próximos dois ou três meses que são os mais fracos”. Por isso, “só se vai ter a real noção de qual foi o impacto de tudo isto a partir de Setembro ou Outubro”.
O que é certo, é que “existem muitos clubes que estão mesmo com muitas dificuldades” e o período que se avizinha será “um grande desafio”.