O cheiro a mofo no vinho continua a ser um pesadelo e não devia
A rolha de cortiça natural continua a ser o vedante mais utilizado pelos produtores de vinho. Porque se trata de um vedante inócuo e porque já mostrou ser eficaz na evolução dos vinhos. Mas será que não há alternativas?
Em Abril de 2017, escrevi uma crónica sobre um dos maiores pesadelos dos produtores de vinho: o TCA, o famoso cheiro a mofo que torna imbebível qualquer vinho e que é provocado por uma substância química chamada 2,4,6 Tricloroanisole. “Vai abrir uma garrafa? Reze primeiro”, era o título e partia desta evidência: “Algumas empresas já possuem tecnologia de despiste do TCA, só que os ritmos de controlo ainda são muito baixos - e o grosso das rolhas que chegam ao mercado continua a ser sujeito a um controlo mais ou menos aleatório. Hoje, só pagando um custo acrescido é que os produtores de vinho conseguem adquirir rolhas sem TCA. Um custo que devia ser assumido pela indústria da cortiça, porque é esse o seu negócio, está a ser suportado pelos produtores e, indirectamente, pelos consumidores”.
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Em Abril de 2017, escrevi uma crónica sobre um dos maiores pesadelos dos produtores de vinho: o TCA, o famoso cheiro a mofo que torna imbebível qualquer vinho e que é provocado por uma substância química chamada 2,4,6 Tricloroanisole. “Vai abrir uma garrafa? Reze primeiro”, era o título e partia desta evidência: “Algumas empresas já possuem tecnologia de despiste do TCA, só que os ritmos de controlo ainda são muito baixos - e o grosso das rolhas que chegam ao mercado continua a ser sujeito a um controlo mais ou menos aleatório. Hoje, só pagando um custo acrescido é que os produtores de vinho conseguem adquirir rolhas sem TCA. Um custo que devia ser assumido pela indústria da cortiça, porque é esse o seu negócio, está a ser suportado pelos produtores e, indirectamente, pelos consumidores”.